Benfica bate Arouca e fica mais perto das “meias” na Taça da Liga

Equipa de Roger Schmidt voltou aos triunfos e poderá garantir acesso à “final four” da prova frente ao AVS, líder da II Liga, a 21 de Dezembro.

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Gonçalo Guedes foi titular em Arouca EPA/JOSE COELHO
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O Benfica regressou esta terça-feira aos triunfos em Arouca, onde se impôs por 0-2 em jogo do Grupo B da Taça da Liga, prova que passa a liderar com três pontos, a par dos arouquenses (tinham vencido o AVS, por 2-1). Assim, basta às "águias" um empate no jogo decisivo com os avenses, em Dezembro, para corrigirem a ausência da época passada na final a quatro da competição.

Pressionado e sem margem para errar, o Benfica surgiu em Arouca decidido a impedir a repetição da história da última edição da Taça da Liga (prova que venceu por sete vezes), em que falhou o acesso à meia-final.

Contestado depois da derrota com a Real Sociedad, na Champions, e do empate com o Casa Pia, na Liga, Roger Schmidt respondeu com uma espécie de choque táctico. Sem Neres, Bah, Kökçü ou Musa, o técnico alemão surpreendeu com uma defesa a três (com Morato), colocando João Neves e Aursnes a alas num meio-campo sustentado por Florentino e pensado por João Mário. Na frente, a novidade foi Gonçalo Guedes, que surgiu apoiado por Di María e Rafa.

As dinâmicas impostas a um Arouca preparado para suportar as bicadas da “águia” — deixando Rafa Mujica entregue à sua sorte no ataque — mostraram um Benfica capaz de chegar sem cerimónia e com relativo perigo à área da formação local. Di María e Gonçalo Guedes podiam ter abreviado a discussão nas duas primeiras ocasiões de golo, mas a diferença acabaria por ser estabelecida pelo avançado argentino de livre directo (26'), que o próprio conquistou o direito a bater.

Trubin não passava, então, de um espectador atento q.b. para recolher um par de remates sem especial risco. Mas o Arouca regressaria das cabinas decidido a alterar a condição do guarda-redes ucraniano. Daniel Ramos passou a defender com três centrais, incorporando Milovanov a falso lateral e Cristo González no ataque, na esperança de poder inverter a situação para repetir a presença na meia-final da prova.

Um risco assumido e que o Benfica esteve na iminência de explorar meia dúzia de minutos depois do início da segunda parte. Mas um fora-de-jogo de Gonçalo Guedes no início da jogada levou o VAR a invalidar o golo de João Mário que deixaria o Benfica numa posição bastante mais confortável para resolver o jogo.

Até porque o Arouca, em crise de resultados no campeonato, onde não vence desde a primeira jornada, teria de enfrentar um peso extra para sair de uma situação de desvantagem ainda mais acentuada perante a diferença de capacidade das equipas.

E, apesar de ter visto o segundo golo negado, o Benfica continuou a criar as principais situações de perigo. Atento à forma como o jogo se desenrolava e às condições do relvado, Roger Schmidt aproveitou para poupar jogadores como Di María, Rafa e o próprio Gonçalo Guedes.

Em acção entraram Arthur Cabral e Tengstedt, dupla que esteve na génese do 0-2, com o avançado dinamarquês a isolar o brasileiro, que correu todo o meio-campo do Arouca, aguentou a pressão dos opositores e bateu o compatriota Thiago Rodrigues, encerrando aos 73 minutos a discussão.

Até final, Cabral ainda devolveu uma assistência a Tengstedt (desaproveitada pelo nórdico) e o Arouca construiu o melhor desenho ofensivo do jogo, travado por Trubin na baliza do Benfica. O resultado, esse, já não sofreria alterações.

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