Pelo menos 32 mortos e 14 desaparecidos em incêndio numa mina no Cazaquistão

Incêndio numa mina da ArcelorMittal Temirtau matou pelo menos 32 pessoas. Catorze estão desaparecidas. É o segundo incidente em dois meses e terá sido causado por uma explosão de metano.

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A entrada da mina de carvão Kostenko, operada pela ArcelorMittal Temirtau e atingida por um incêndio Reuters/STRINGER

Pelo menos 32 pessoas morreram e 14 continuam desaparecidas na sequência de um incêndio numa mina no Cazaquistão, informou este sábado, 28 de Outubro, o Ministério para as Situações de Emergência.

A ArcelorMittal Temirtau, empresa luxemburguesa que gere a maior unidade de siderurgia no Cazaquistão, informou que 206 das 252 pessoas presentes na mina de Kostenko foram retiradas após o que parece ter sido uma explosão de metano. Dezoito pessoas procuraram atendimento médico.

O Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, apresentou as condolências às famílias das vítimas e declarou um dia de luto nacional a 29 de Outubro, domingo, ordenando que se suspendesse a cooperação em matéria de investimentos com a ArcelorMittal Temirtau.

O Governo e a empresa confirmaram que estão a trabalhar para finalizar um acordo para nacionalizar a empresa, que opera a maior siderurgia do país. "A ArcelorMittal também pode confirmar, conforme comunicado hoje pelo Governo do Cazaquistão, que as duas partes têm estado em discussões sobre o futuro da Temirtau e recentemente assinaram um acordo preliminar para uma transacção que irá transferir a propriedade para a República do Cazaquistão", disse a empresa. "A ArcelorMittal está empenhada em concluir esta transacção o mais rapidamente possível, a fim de minimizar ao máximo as perturbações."

No mês passado, o vice-primeiro-ministro Roman Sklyar disse aos jornalistas que o Cazaquistão estava em conversações com potenciais investidores que poderiam assumir o controlo da fábrica. O primeiro-ministro afirmou que o Governo não estava satisfeito com o facto de a ArcelorMittal não ter cumprido as suas obrigações em matéria de investimento, de modernização do equipamento e de segurança dos trabalhadores após uma série de acidentes mortais.

Este é o segundo incidente fatal nos últimos dois meses numa mina explorada por esta empresa no Cazaquistão. Em Agosto, na cidade de Karaganda, quatro trabalhadores morreram na sequência de um incêndio que deflagrou no local. Em Novembro do ano passado, uma fuga de metano resultou na morte de cinco pessoas, tendo outras quatro ficado feridas.

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