Chuva de golos e não só e o Gil Vicente empatou o Sp. Braga

Os bracarenses fizeram o mais difícil em Barcelos, mas deixaram fugir os três pontos mesmo ao cair do pano.

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A chuva marcou o jogo entre o Gil Vicente e o Sp. Braga EPA/HUGO DELGADO
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Sporting de Braga e Gil Vicente protagonizaram um jogo emocionante, neste sábado, em Barcelos, debaixo de chuva intensa. As más condições meteorológicas dificultaram a apresentação de um futebol bonito, mas não impediram que o espectáculo fosse intenso e acabasse num empate a três golos.

Seis golos num só jogo não é todos os dias que se vê. E se os bracarenses regressaram a casa com a sensação de terem deixado dois pontos em campo, nem sempre foi esse o sentimento que imperou nas mentes dos “arsenalistas”, que chegaram a estar a perder por 2-0 e em inferioridade numérica.

Só que depois deste descalabro, o Sp. Braga foi capaz de reagir e ripostar, conseguindo mesmo a reviravolta no marcador. Um feito desperdiçado a um minuto dos 90, quando o Gil Vicente repôs a igualdade e impôs a divisão pontual.

O Sp. Braga estava avisado. O Gil Vicente é uma equipa que tem mostrado ser difícil no seu estádio onde só tinha perdido, e pela margem mínima, com o Benfica. Para além disso, os bracarenses chegavam a esta partida com alguma sobrecarga de jogos nas pernas. O embate em Barcelos era o terceiro em dez dias, depois dos jogos para a Taça de Portugal e para a Liga dos Campeões.

Apesar desta sucessão de jogos, Artur Jorge fez apenas uma alteração ao “onze” em relação ao jogo com o Real Madrid, dando maior pendor ofensivo à equipa, entrando Abel Ruiz para o lugar de Vítor Carvalho.

Os bracarenses começaram melhores e “mandões”, com o Gil Vicente na expectativa e a espreitar o contra-ataque. Foi assim que Félix Correia criou perigo junto da baliza dos “arsenalistas”, com boa defesa de Matheus.

Na resposta, após cruzamento da esquerda, a bola sobrou para Álvaro Djaló, que rematou ao lado. Estava dado o mote para o resto do encontro: parada e resposta, com o Sp. Braga mais dominador e o Gil Vicente a responder sempre.

Um canto deu o primeiro golo aos gilistas, depois de Serdar ter falhado o corte e Baturina, isolado, inaugurar o marcador. Mais podiam ter surgido para a formação da casa, que aproveitou algum desnorte do Sp. Braga para se impor por uns minutos. Mas os bracarenses recompuseram-se e criaram perigo junto da baliza de Vinícius, sem resultado prático até ao intervalo.

No segundo tempo, entrou André Horta em campo e o Sp. Braga melhorou. Só que uma má abordagem de Niakité a um lance deu penálti para o Gil Vicente e expulsão do central, com Dominguez a fazer o 2-0.

Em inferioridade numérica e o tempo a escoar-se o horizonte parecia cinzento para os “arsenalistas”, mas Banza trouxe de volta o Sp. Braga ao jogo ao aproveitar o ressalto na área para rematar para o fundo das redes e reduzir a desvantagem.

Mesmo em inferioridade numérica, o Sp. Braga lançou-se no ataque e, num livre directo frontal, ainda longe da baliza, André Horta fez o empate. Agora, mais do que nunca os jogadores de Artur Jorge acreditavam na reviravolta e, cinco minutos depois, Horta voltou a cobrar livre directo com a bola a pingar na área e a dar novo golo aos bracarenses.

A perder, Vítor Campelos mexeu na sua equipa, já em desespero e foi do banco que saíram os protagonistas da jogada que fixou o resultado final: Miguel Monteiro assistiu e Roan Wilson marcou.

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