Activismo ou terrorismo climático?

Os actos do Climáximo são graves e precisam de ser rapidamente travados, antes que aconteça uma desgraça. Amanhã pode aparecer um tresloucado que se descontrola e passa com o carro por cima de alguém.

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Ainda que possa soar exagerado, se virmos bem, há semelhanças perturbadoras entre as acções radicais dos grupos de activistas climáticos e os atentados das organizações terroristas. Em ambos os casos, trata-se de grupos organizados de pessoas unidas por uma ideologia comum, que planeiam e executam acções subversivas ilegais, em nome de um bem maior que eles próprios definem, para, sob violência e coacção, forçar mudanças políticas e sociais, fora dos mecanismos da democracia e do civismo. Claro que não é a mesma coisa uma miúda partir a montra de um edifício público, à martelada, pela calada da manhã, para aparecer a dizer umas coisas nas televisões; ou um bombista suicida fazer-se explodir à hora de ponta para rebentar com o prédio e matar pessoas. Mas o princípio é exactamente o mesmo: as minhas razões, indiscutíveis e superiores às tuas, dão-me o direito de te coagir violentamente a pensares e fazeres o que eu digo que está certo.

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