A última dança de John Isner

Veterano Stan Wawrinka continua a vencer no US Open.

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John Isner Reuters/Jerry Lai
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Como se se tratasse de uma passagem de testemunho, o norte-americano John Isner despediu-se do ténis profissional no “seu” US Open, com uma derrota frente ao compatriota Michael Mmoh, 13 anos mais novo. No balanço de 17 anos de carreira, iniciada quando saiu da Universidade da Georgia, em 2007, Isner tem muito de que orgulhar-se, mas o que ficará mais presente na memória dos adeptos serão os 14.450 ases que disparou do alto dos seus 2,08 metros de altura e a vitória no encontro mais longo de sempre, sobre Nicholas Mahut, na primeira ronda do Torneio de Wimbledon de 2010; decorreu no intervalo de três dias (devido à falta de luz natural e chuva), durou 11 horas e cinco minutos e terminou com um quinto e último parcial de 70-68.

Foi nesse ano que Isner conquistou o primeiro de 16 títulos de singulares, sendo o mais sonante o ATP 1000 de Miami, em 2018. O tenista de 38 anos somou ainda mais oito títulos de pares, atingiu o oitavo lugar do ranking mundial (em 2018), foi dos muito poucos a vencer Novak Djokovic, Rafael Nadal, Roger Federer, Andy Murray e Stan Wawrinka e, por oito vezes, entre 2012 e 2020, terminou o ano como número um dos EUA no ranking mundial.

“Ser o melhor americano e manter esse ranking durante muito tempo é uma coisa de que sinto orgulho”, frisou Isner, após a derrota frente a Mmoh (89.º ATP), por 3-6, 4-6, 7-6 (7/3), 6-4 e 7-6 (9/7). Dois dias antes, depois de ter ganho a ronda inicial, Isner foi alvo de uma pequena homenagem em pleno court, com a presença da mulher e quatro filhos.

Isner também actuou em pares, mas foi eliminado na ronda inicial da prova onde fez equipa com Jack Sock, que também se despediu do circuito profissional – para dedicar-se ao pickleball, o novo desporto de raquetas que está na moda nos EUA. Nos 14 anos de carreira, Sock conquistou quatro títulos do Grand Slam em pares (masculinos e mistos), outro nas ATP Finals nessa variante e uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016.

Também de 38 anos, Stan Wawrinka tornou-se no mais velho a atingir a terceira ronda do quadro masculino desde Jimmy Connors, em 1991, tendo como próximo adversário Jannik Sinner (7.º). Daniil Medvedev (3.º) também ultrapassou a segunda ronda, mas só depois de desperdiçar uma vantagem de 4-2 e dois match-points no terceiro set, antes de eliminar Christopher O’Connell (69.º) por 6-2, 6-2, 6-7 (6/8) e 6-2, já depois da uma da manhã de Nova Iorque.

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