Europeu: Portugal ganhou um set a França mas perdeu o jogo

Na 2.ª jornada do Campeonato da Europa de voleibol, a selecção nacional cedeu diante da selecção mais forte do grupo. Na sexta-feira, mede forças com a Grécia.

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Miguel Tavares e Cveticanin numa acção de bloco CEV
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Ao segundo jogo no Campeonato da Europa de voleibol, Portugal defrontou um dos candidatos ao pódio e sofreu o primeiro desaire no torneio (3-1). Em Telavive, a selecção nacional deu réplica à França nos dois primeiros sets, acabando por ceder (25-21, 25-27, 25-19, 25-15) ao maior poderio de um adversário que dispõe de um lote de convocados com soluções para dar e vender.

Foi um jogo inicialmente equilibrado e isso ficou patente no arranque do primeiro set, com os primeiros 10 pontos a serem discutidos taco a taco. A França conseguiu, posteriormente, e muito graças a um serviço agressivo, descolar no marcador e alcançou uma vantagem máxima de sete pontos (20-13), mas Portugal recuperou até aos 22-19 e vendeu cara a derrota no parcial inicial (25-21).

Percebeu-se que, ao melhor nível, a selecção nacional poderia complicar - e de que maneira - a vida a um adversário que foi campeão europeu em 2015 e quarto classificado em 2019. Essa perspectiva confirmou-se no segundo set, com uma entrada forte de Portugal, que lhe permitiu manter-se na frente até meio do parcial. O distribuidor Antoine Brizard já não estava a ser tão eficaz no serviço e, quando a França chegou à vantagem pela primeira vez (16-14), a possibilidade de uma recuperação pareceu sempre viável.

Com Lourenço Martins muito forte na zona 4 e Tiago Violas, na distribuição, a activar muitas vezes o ataque a partir da zona 6, a selecção nacional foi variando as acções ofensivas e retomou as rédeas do parcial. Do lado oposto, a profundidade do plantel francês permitia uma rotação ampla, retirando plenos dividendos da potência no ataque de Timotée Carle, Stephen Boyer ou Yacine Louati. Foi neste permanente braço-de-ferro que o set foi discutido até final, até que um bloco de Lourenço Martins garantiu o triunfo (25-27).

O plano da França era claro nesta altura: elevar a agressividade no serviço para evitar que a bola chegasse perfeita às mãos do distribuidor português. E apesar de a equipa nacional não ter oscilado muito na recepção, mostrou-se um pouco mais errática no plano ofensivo e no serviço, permitindo que o adversário ganhasse confiança e conforto no marcador (18-12). As acções de bloco gaulesas também dispararam e o set terminou com 25-19.

João José, seleccionador nacional, optou então por uma lógica de maior rotação no quarto parcial, provavelmente já a precaver o embate de sexta-feira com a Grécia (18h). Com isso, Portugal perdeu centímetros e poder de fogo na rede e a França, impulsionada por um distribuidor de excelência como Brizard, distanciou-se no marcador (12-6, 15-8, 20-12 e 25-15), confirmando um triunfo justo, depois do 3-0 imposto à Turquia na 1.ª jornada.

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