Portugal “despacha” Roménia na estreia no Europeu de voleibol

Confirmando o favoritismo frente aos romenos, Portugal venceu o duelo que teoricamente mais poderia definir o futuro no grupo. Segue-se jogo nesta quinta-feira frente à poderosa França.

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Jogadores portugueses festejam um ponto CEV
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“Somos favoritos em relação à Roménia, Grécia e Israel, mas temos de jogar bem e demonstrar que o somos”. Estas foram as palavras de João José, seleccionador português de voleibol, antes da estreia no Campeonato da Europa. 3-0 foi o parcial registado no final dessa estreia.

Simples, sem problemas e sem especial dificuldade, com 25-19, 25-18 e 25-23, a selecção portuguesa de voleibol entrou nesta quarta-feira no Europeu, com um triunfo por 3-0 frente à Roménia, selecção que é “do campeonato” de Portugal – no grupo D, França e Turquia estão um patamar acima, enquanto Grécia e Israel estão um nível abaixo do português.

Em Tel Aviv, Portugal somou os três pontos do triunfo sem sets concedidos, numa poule de seis equipas que apura quatro para os oitavos-de-final – fase da prova na qual Portugal caiu no último Europeu, em 2021.

Confirmando o favoritismo e a superioridade recente frente aos romenos, Portugal venceu o duelo que teoricamente mais poderia definir o futuro neste grupo. Segue-se jogo nesta quinta-feira frente à poderosa França, já campeã da Europa.

Domínio total

No primeiro set, Portugal começou por apostar muito em ataques pela zona central e o bloco romeno, muitas vezes atrasado e pouco eficaz, não estava a ter resposta – houve muitos pontos com toque no bloco.

O side-out português também estava com uma boa percentagem de sucesso e mesmo quando o ataque não entrava Portugal conseguia corrigir com algumas boas acções de bloco. A selecção nacional estava a dominar todos os momentos do jogo, com Miguel Tavares em destaque.

A segunda partida voltou a ter vantagem portuguesa desde cedo, mas com um parcial mais equilibrado, sobretudo pela melhoria do ataque romeno, sobretudo na zona 4, que mereceu alguma insistência.

Do lado português havia, ainda assim, uma “almofada” permanente de três/quatro pontos que ia permitindo erros. Miguel Tavares continuou a ser o jogador em maior destaque, ora com boas execuções em nome próprio, ora no seu papel de distribuidor, com boas leituras da posição do bloco romeno – fez uma boa parelha com o central Sinfrónio.

Portugal estava a ter ainda capacidade de explorar a agressividade do bloco, lendo situações de amortie, e acabou por “fugir” definitivamente no set.

No último parcial o jogo foi mais equilibrado, com “ponto cá, ponto lá”, e Portugal, que não estava a ter Alex Ferreira ao melhor nível – falhas no ataque e na defesa – não “descolava”.

Só a partir dos 19-19 Portugal conseguiu ataques consecutivos, com influência particular de Lourenço Martins, e fechou a partida com 25-23, depois de match points desperdiçados.

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