Open dos EUA: Sir Murray entre outros notáveis veteranos

Francisco Cabral estreia-se no torneio norte-americano do Grand Slam com vitória em pares. Tsitsipas foi surpreendido por Dominic Stricker.

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Andy Murray afastou Corentin Moutet, por 6-2, 7-5 e 6- Reuters/MIKE SEGAR
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Não foi fácil para Andy Murray digerir a derrota em cinco sets na segunda ronda do Torneio de Wimbledon, onde o britânico assinou as suas melhores exibições e conquistou dois títulos, em 2013 e 2016 – anos em que foi condecorado com o título de Sir. Após uns dias de férias, Murray voltou ao trabalho e os resultados foram surgindo, como o triunfo na primeira eliminatória do Open dos EUA, a 200.ª vitória do escocês de 36 anos em torneios do Grand Slam. Uma proeza da qual só mais sete jogadores se podem orgulhar.

“Depois de três, quatro dias fora, falei com a minha equipa sobre as coisas que eu deveria mudar. Tenho trabalhado nisso, em alguns pontos técnicos, todos os dias”, contou Murray, cuja preparação para o US Open sofreu um percalço, quando se lesionou antes de defrontar Jannik Sinner nos oitavos-de-final do ATP 1000 do Canadá e já não pôde competir em Cincinnati.

Mesmo assim, Murray entrou no Open dos EUA – onde, em 2012, conquistou o primeiro de três torneios do Grand Slam – com a confiança necessária para derrotar o imprevisível Corentin Moutet, por 6-2, 7-5 e 6-3, e juntar-se aos notáveis Roger Federer, Novak Djokovic, Rafael Nadal, Jimmy Connors, Andre Agassi, Ivan Lendl e Pete Sampras, com 200 encontros ganhos em majors. Segue-se Grigor Dimitrov (19.º) – que salvou três match-points para ultrapassar Alex Molcan (115.º), por 6-7 (9/11), 6-7 (5/7), 6-1, 7-5 e 7-6 (11/9).

Tsitsipas eliminado

Outro dos pesos-pesados do torneio, o grego Stefano Tsitsipas (7.º do ranking), protagonizou uma tremenda surpresa ao ser afastado pelo suíço Dominic Stricker (128.º), em cinco sets. O canhoto de 21 anos, ainda sem proezas relevantes na carreira, impôs-se logo no primeiro set, vendeu caro o segundo e o terceiro, levou a melhor no tie-break do quarto e ainda teve forças para fechar com 7-5, 6-7 (2-7), 6-7 (5-7), 7-6 (8-6) e 6-3.

No torneio feminino, Venus Williams também não conseguiu preparar-se devidamente para a sua 24.ª participação no Open dos EUA, mas ninguém lhe tira o feito de ter disputado o 100.º encontro no major americano, um feito só repetido por Serena Williams, Chris Evert e Martina Navratilova. Só que os 43 anos começam a pesar e Venus foi derrotada pela belga Greet Minnen (97.ª), com um duplo 6-1.

Digno também de registo, o feito de Stan Wawrinka que, aos 38 anos, se tornou no mais velho tenista a chegar à segunda ronda do Open dos EUA desde Jimmy Connors, em 1982. O campeão de 2016 e actual 49.º do ranking derrotou Yoshihito Nishioka (44.º), por 7-6 (7/5), 6-2 e 6-4.

Entre os demais vencedores do segundo dia de competição, esteve Carlos Alcaraz. Mas os numerosos fãs que ansiavam pelo seu regresso ao Arthur Ashe Stadium tiveram que conformar-se com uma exibição de apenas uma hora do campeão de 2022. A lesão contraída por Dominik Koepfer no jogo inaugural condicionou-o de tal forma que o tenista alemão teve de abandonar a meio do segundo set.

“Foi uma pena ele ter torcido o tornozelo no primeiro jogo. Mas tenho de dizer que eu estava a jogar muito bem e espero manter este nível no próximo encontro”, afirmou o tenista espanhol que saiu do court com uma vitória sobre Koepfer (75.º), por 6-2, 3-2. Alcaraz vai tentar tornar-se no primeiro homem a revalidar o título no Open dos EUA desde Roger Federer, vencedor entre 2004 e 2008, sabendo que, mesmo em caso de sucesso, irá perder o primeiro lugar do ranking para Novak Djokovic.

Quarta-feira assinalou a estreia do melhor tenista português no ranking de pares, Francisco Cabral (53.º), que, ao lado do brasileiro Rafael Matos (48.º) eliminou a 11.ª melhor dupla do US Open, formada pelos belgas Sander Gille e Joran Vliegen, em duas horas e meia, com os parciais de 3-6, 7-6 (7/4) e 6-4.

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