Dominic Thiem voltou a ganhar num Grand Slam

Holger Rune, Maria Sakkari e Nuno Borges já eliminados do US Open.

Foto
Dominic Thiem EPA/SARAH YENESEL
Ouça este artigo
00:00
03:54

Quem viu Dominic Thiem chegar ao terceiro lugar do ranking depois de ter sido finalista em Roland Garros, por duas vezes, e no Open da Austrália e assistiu, há exactamente três anos, ao triunfo no US Open, mal custaria a acreditar que o título acima viria alguma vez a fazer sentido. A verdade é que esse torneio foi o último que conquistou, muito por culpa de uma lesão no pulso que o obrigou a parar e atirou-o para fora do top 350. Há um ano regressou a Nova Iorque, mas perdeu na ronda inicial. Esta segunda-feira, finalmente, Thiem pôs fim à série de derrotas em torneios do Grand Slam e a emoção foi grande.

“Foi a minha primeira grande lesão… levei muito tempo a recuperar e tempo a ganhar novamente confiança no pulso. Durante os 10 meses que estive fora, todos os jogadores também melhoraram. Significa muito para mim que esta primeira vitória num Grand Slam apos a lesão tenha acontecido no US Open”, revelou Thiem, após a primeira vitória num major desde o Open da Austrália de 2021 e também a primeira frente a um top 30 este ano, Alexander Bublik (27.º).

Thiem, actual 81.º depois de voltar a disputar uma final, este Verão, no ATP 250 de Kitzbuhel, somou 26 winners e aproveitou seis dos 10 break-points de que dispôs, para vencer o cazaque, por 6-3, 6-2 e 6-4. “Desde a primeira vez que aqui vim que senti uma energia especial nesta cidade. Espero ir longe outra vez”, adiantou o austríaco que, no domingo, completará 30 anos. Antes, Thiem terá de enfrentar a esperança dos EUA, Ben Shelton, 20 anos e 43.º mundial – que afastou o chileno Pedro Cachin (66.º), por 1-6, 6-3, 6-2 e 6-4.

Além da energia, Nova Iorque também é conhecida pela humidade que se faz sentir nesta altura do ano e disso se queixou Nuno Borges, no regresso ao US Open, depois de ter ultrapassado o qualifying e a ronda inicial em 2022. Desta vez, Borges (79.º) não conseguiu superar o primeiro adversário, o austríaco Sebastian Ofner (58.º), ao ceder três dos quatro sets, dois deles decididos pela margem mínima: 7-6 (7/5), 3-6, 7-6 (9/7) e 6-4.

O encontro abriu com um break para cada lado e a partida manteve-se equilibrada até ao 5/5 no tie-break. No set seguinte, Borges recuperou o break que cedeu no início, para igualar a 3-3 e aproveitar para ganhar os três jogos seguintes. No terceiro set, Ofner voltou a adiantar-se, até 4-1, antes que o maiato ganhasse três jogos sucessivos, só que não aproveitou o set-point no tie-break, a 6/5. A história repetiu-se no quarto set com Ofner a obter um break cedo. A 1-5, Borges ainda reagiu, mas, na segunda oportunidade em que serviu para fechar, o austríaco concluiu o encontro ao fim de duas horas e 55 minutos.

Na competição feminina, Iga Swiatek reentrou no Arthur Ashe Stadium, de onde saiu, há um ano, com o troféu, mas demorou-se somente 58 minutos, tempo suficiente para a número um mundial dominar a sueca Rebecca Peterson (86.ª), por 6-0, 6-1. Em frente seguiram igualmente Karolina Muchova (10.ª), finalista em Roland Garros e recém entrada no top 10, e a antiga líder do ranking, Victoria Azarenka (18.ª).

As primeiras surpresas foram protagonizadas por Holger Rune (4.º) e Maria Sakkari (8.ª). O dinamarquês, eliminado na estreia nos dois ATP 1000 realizados este Verão, foi derrotado pelo espanhol Roberto Carballes Baena (63.º), por 6-4, 4-6, 6-3 e 6-2. Sakkari admitiu a necessidade de tirar umas férias, após sofrer a terceira derrota consecutiva em primeiras rondas de majors, ao ceder à espanhola Rebeka Masarova (71.ª), por 6-4, 6-4.

Sugerir correcção
Comentar