Canoagem: Fernando Pimenta conquista bronze nos Mundiais em K1 500m

As duas equipas de K4 500 metros falharam a única oportunidade de apuramento olímpico.

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Fernando Pimenta conquistou o bronze em K1 500 MARTIN DIVISEK

O canoísta Fernando Pimenta conquistou esta sexta-feira a medalha de bronze na prova de K1 500 metros dos Campeonatos Mundiais da Alemanha, que decorrem em Duisburgo.

O atleta limiano cumpriu a prova em 1m36,908s, atrás do húngaro Balint Kopasz, ouro em 1m36,262s, e do australiano Jean Westhuyzen, prata em 1m36,632s.

Os K1 500 metros não integram o programa dos Jogos Olímpicos Paris2024, ao contrário do K1 1000, cuja final Pimenta disputa este sábado, sabendo que os seis melhores garantem a vaga olímpica.

Pimenta exultou com a medalha, assumindo-a como um estímulo adicional para o desejado apuramento olímpico em K1 1000. “Acabei em terceiro numa prova super-renhida. Como é óbvio, gostava de ter conseguido mais. Cheguei a liderar... Mas é uma distância que ainda não domino muito bem, apesar dos excelentes resultados e indicadores”.

Antes, a selecção portuguesa falhou um dos seus maiores objectivos nos Mundiais da Alemanha, uma vez que ambos os K4 500 metros perderam a única oportunidade de apuramento olímpico.

João Ribeiro, Messias Baptista, Kevin Santos e Emanuel Silva ainda seguiam em terceiro lugar aos 250 metros, na derradeira posição que dava acesso à final. Contudo, não conseguiram manter-se na dianteira e terminaram na sétima posição, perdendo, inclusivamente, a final B, entre os 10.º e 18.º lugares.

Passaram a meio da regata em 39,01 segundos, apenas atrás de Ucrânia e Dinamarca, que seriam, no fim, primeiro e terceiro: o conjunto do leste da Europa impôs-se em 1m18,710s, enquanto os lusos concluíram em 1m20,593s, a 1,113 segundos do terceiro posto.

O caso de Francisca Laia, Teresa Portela, Joana Vasconcelos e Maria Rei foi diferente: A meio já seguiam no sétimo lugar, classificação final. Com um sistema competitivo distinto, o quarteto vai à final B.

Neste caso, o triunfo na final de consolação até poderia valer o passaporte para Paris2024, contudo, o Canadá falhou a final e com isso deixou o continente de fora, inviabilizando essa possibilidade.

O quarteto passou a meio em 46,40 segundos e concluiu a prova, ganha pela Nova Zelândia, em 1m35,003s, a cerca de três segundos das primeiras.

Entretanto, Messias Baptista e João Ribeiro assumiram dificuldade em digerir a ausência na final, focando-se no apuramento olímpico no K2 500.

“Fomos sétimos e nem à final B vamos. É difícil aceitar este lugar. Temos de levantar a cabeça, pois temos mais uma oportunidade em K2 500”, disse Messias Baptista.

“Foi uma competição muito renhida. O alto rendimento em ano de apuramento é sempre muito duro. As diferenças são mínimas e os erros simplesmente não podem existir. Acreditámos até ao fim. Saímos bem, porém, a meio da prova, não nos encontrámos. É assim a alta competição”, acrescentou.

“Se fossemos já apurados para o K2, íamos mais tranquilos. Infelizmente, não estamos… O que aumenta a pressão. Temos de entrar já para a final”, vincou João Ribeiro, ciente que será complicado agarrar um dos seis ingressos para Paris2024.

O atleta luso assumiu que a equipa não esteve tão bem na parte intermédia da regata, facto que custou alguns lugares na parte final.

“Demos o melhor para dignificar a nossa bandeira”, concluiu.

Antes, a jovem Beatriz Fernandes fora sexta na meia-final de C1 200 metros, indo disputar a final B, sem hipóteses de classificar-se para os Jogos. Na canoagem adaptada, Floriano Jesus e Alex Santos garantiram a vaga nos Jogos Paralímpicos na classe KL1.

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