Sporting apresenta-se com golos e espectáculo

“Leões” recuperam o Troféu Cinco Violinos com triunfo sobre o Villarreal por 3-0. Edwards, Pedro Gonçalves e Paulinho marcaram os golos.

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Pedro Gonçalves voltou a ser um dos destaques do Sporting LUSA/ANTONIO COTRIM
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O Sporting apresentou-se neste domingo, em Alvalade, sem novidades, mas com uma vitória e com espectáculo, batendo o Villarreal por 3-0, com golos de belo efeito marcados por Edwards, Pedro Gonçalves e Paulinho, e ficando com o "seu" Troféu Cinco Violinos. Viktor Gyökeres, o único reforço confirmado até agora, esteve entre os 27 jogadores que subiram ao relvado perante os adeptos e foi titular no jogo com os espanhóis. O novo camisola 9 não marcou, mas voltou a deixar boas indicações, tal como toda a equipa.

Se haverá mais reforços, só no final de Agosto é que saberemos, mas há uma certeza inquestionável: o único que chegou faz a diferença. Gyökeres, o jogador mais caro da história dos “leões”, é mesmo para levar a sério. Ao contrário do que tinha acontecido no particular anterior com a Real Sociedad, o sueco não marcou, mas mostrou bem que tipo de jogador é, um avançado com grande capacidade física, pernas para correr, pés para segurar a bola e rematá-la. E cabeça para saber quando passar ou seguir sozinho.

Para o jogo de apresentação frente ao quinto classificado da Liga espanhola, Amorim voltou ao seu plano habitual de 3x4x3, apresentando Eduardo Quaresma como um dos centrais ao lado de Coates e Inácio, mais Matheus Reis e Esgaio nas alas – Nuno Santos, lesionado, não foi a jogo. Morita e Pedro Gonçalves formaram o núcleo central do meio-campo, enquanto o ataque ficou entre Edwards, Trincão e Gyökeres, três nomes que sugerem mobilidade acima de tudo.

Este Villarreal não é uma equipa qualquer e não tem um treinador qualquer. Quique Setién, antigo técnico do Bétis e do Barcelona, é alguém que privilegia o futebol apoiado, com muitos passes e posse de bola – e tem jogadores para isso, como os experientes Dani Parejo ou Gerard Moreno. Isto que podia ser um problema para o Sporting sempre que ultrapassasse a primeira linha de pressão, até porque o meio-campo “leonino”, neste perfil táctico e sem um verdadeiro 6, é muito de construção e pouco de destruição.

Não foram poucas as vezes em que o “Submarino Amarelo” (que jogou de vermelho) colocou em apuros a defesa “leonina”, mas também foram múltiplas as vezes em que veio ao de cima toda a criatividade ofensiva, agora suportada pelo músculo de Gyökeres. Depois de dois ameaços, primeiro por Trincão e, depois, por Pedro Gonçalves, Gyökeres apresentou em Alvalade aos 18’ uma amostra do que pode fazer – recebeu de Edwards, deixou para trás um defesa, avançou para a área e atirou para uma bela defesa de Jorgensen.

Aos 31’, seria o contrário. O sueco ganhou na raça na ala, deixou para Edwards e o britânico rematou para um corte de um defesa do Villarreal. Isto era o Sporting a funcionar no ataque, mas também abria algumas brechas lá atrás – e os visitantes ainda marcaram por duas vezes, por Moreno e Morales, ambos os lances invalidados por fora-de-jogo.

Perfeitamente legal e com alta nota artística seria o primeiro golo do Sporting aos 44’. Edwards recebeu de Pedro Gonçalves e, como costuma fazer, resolveu sozinho. Conduziu a jogada até à área e, no duelo com Jorgensen, não deu hipóteses.

Era o primeiro dos “leões” no jogo, mas não seria o último, nem o último momento espectacular. Aos 70’, Pedro Gonçalves também teve o seu momento de gala. Interceptou uma reposição deficiente do campeão mundial Pepe Reina e também seguiu na jogada individual, tirou uns quantos adversários do caminho e fez um passe para a baliza que resultou em 2-0.

E, numa altura em que já estavam em campo vários dos que começaram como suplentes, foram dois destes a fabricar o 3-0 aos 75’. Geny Catamo, o moçambicano que se está a assumir como alternativa na ala direita, ganhou o flanco e fez o cruzamento perfeito para Paulinho empurrar para a baliza. Afinal, foram três “velhos” conhecidos a marcar e não o reforço milionário. Mas não vai tardar muito até celebrar golos do sueco.

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