Biden escolhe uma mulher para chefiar pela primeira vez a Marinha norte-americana

Foi a segunda mulher a atingir o posto de almirante de quatro estrelas na Marinha dos EUA disse o presidente biden. A nomeação tem de ser aprovada no Senado

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Lisa Franchetti à esquerda na imagem Reuters/POOL New

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, escolheu esta sexta-feira a almirante Lisa Franchetti para liderar a Marinha norte-americana, uma escolha que, se confirmada, fará dela a primeira mulher a chefiar essa divisão e o Estado-Maior Conjunto.

Biden afirmou num comunicado divulgado pela Casa Branca que, como próxima Chefe de Operações Navais, Franchetti “traz consigo 38 anos de serviço dedicado à nação”.

"Ao longo da sua carreira, Franchetti demonstrou uma vasta experiência nos domínios operacional e político. Foi a segunda mulher a atingir o posto de almirante de quatro estrelas na Marinha dos EUA e, quando confirmada, voltará a fazer história como a primeira mulher a servir como Chefe de Operações Navais e no Estado-Maior Conjunto", sublinhou o Presidente norte-americano.

A nomeação tem de ser aprovada no Senado, onde os Democratas detêm 48 lugares desde Janeiro, os Republicanos 49 e há três outros independentes progressistas.

Lisa Franchetti, que nasceu há 59 anos em Rochester, Nova Iorque, assumiu o cargo de vice-chefe de operações navais em Setembro de 2022 e os seus cargos anteriores incluem o de comandante das forças navais norte-americanas na Coreia, vice-comandante das forças navais norte-americanas na Europa e em África e directora de estratégia, planos e política do Estado-Maior Conjunto.

Franchetti sucederá ao almirante Michael Gilday, que foi nomeado em Agosto de 2019.

Biden instou o Senado a avançar rapidamente com a sua confirmação, tendo em conta os actuais desafios em matéria de segurança nacional.

O Presidente referiu-se explicitamente ao legislador republicano Tommy Tuberville, que há meses que tem vindo a bloquear as nomeações militares até que o Pentágono altere a sua política de liberdade reprodutiva.

Esta política permite, entre outras coisas, que as mulheres militares tirem férias para abortar e subsidia as despesas de viagem quando têm de se deslocar a outro Estado para interromper voluntariamente a gravidez, se tal for proibido no seu próprio Estado.

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