Depois das goleadas, uma vitória difícil do Benfica

Benfica triunfa sobre o Celta de Vigo por 2-0 com dois golos nos últimos minutos, mantendo o registo perfeito na pré-temporada.

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Di Maria voltou a marcar LUSA/RICARDO NASCIMENTO
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Foi com um jogo quase sem golos e quase sem balizas que o Benfica fechou nesta sexta-feira os seus dias no Algarve. Mas os “encarnados” acabariam por manter o seu registo perfeito na pré-época, com um triunfo por 2-0 sobre o Celta de Vigo, com os golos a serem marcados já nos últimos minutos por Di María e Musa. Os galegos, orientados pelo experiente Rafael Benítez, foram um adversário de um nível bastante superior aos que o Benfica já tinha tido pela frente nesta pré-época, mas a equipa de Roger Schmidt conseguiu ser melhor nos últimos minutos e foi feliz, conquistando a Taça do Algarve neste triangular em que também participou o Al Nassr.

Depois de uma noite de óptimas sensações no jogo com a equipa de Cristiano Ronaldo (triunfo por 4-1 e excelentes indicações, sobretudo ao nível da qualidade do plantel), Roger Schmidt lançou um “onze” diferente para a primeira parte, onde não pontificavam quaisquer reforços – mas voltavam a ter minutos jogadores como Samuel Soares ou Tomás Araújo, jovens da formação cuja presença no plantel não será um dado adquirido. Só que, ao contrário do que acontecera com o emblema saudita, o Benfica bateu de frente com uma equipa organizada e segura.

E como faltava a magia de Angel Di María para desbloquear, os “encarnados” nunca conseguiram chegar à baliza de Iván Villar.

Quanto ao Celta, dava-se por satisfeito em conter os ataques do campeão português e sem grandes ambições ofensivas, mesmo tendo na equipa um avançado da qualidade de Iago Aspas – seguramente que terá muitos jogos na Liga espanhola em que só irá defender. Zero oportunidades de golo é um resumo adequado do que aconteceu na primeira parte.

Tal como acontecera no jogo anterior, Schmidt mudou a equipa toda ao intervalo, já para um “onze” que será mais próximo daquele que tem na cabeça como o seu preferido, com Vlachodimos, Jurasek, Kokçu, Di María ou Neres. E diga-se que, pouco depois, os “encarnados” tiveram a sua primeira grande oportunidade para marcar.

Aos 51’, João Victor, um central adaptado à ala direita, fura pelo flanco e faz um cruzamento rasteiro para Musa. O croata não conseguiu abrir o marcador, nem Kokçu na recarga que se seguiu.

Os “encarnados” arriscaram mais um pouco na segunda parte, mas a formação galega foi quase sempre uma equipa muito confortável no seu papel defensivo – Benítez irá querer uma época mais tranquila para o Celta depois da última, em que Carlos Carvalhal conseguiu segurar a equipa na primeira divisão.

O Benfica teve duas boas oportunidades, primeiro um cabeceamento de Lucas Veríssimo que acertou no ferro, depois, uma bola de Musa, lançado em profundidade. Mas o golo não tardaria muito mais. Após uma falta sobre Tengsted na área galega, Di María converteu o penálti em golo e, pouco depois, foi Musa a fazer o 2-0. Não foi fácil, mas foi mais do que justo. Nem todos os jogos darão goleadas. Quando for a sério, o Benfica também irá enfrentar jogos assim.

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