Portugal vai de viagem com moral em alta

Selecção feminina triunfa sobre a Ucrânia por 2-0, no último jogo antes da partida para o Mundial. Dois golos de Jéssica Silva e recorde de assistência no Bessa.

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Jéssica Silva marcou os dois golos da selecção portuguesa EPA/JOSE COELHO
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O Estádio do Bessa encheu-se para se despedir da selecção portuguesa antes da partida para o Mundial 2023 e teve como recompensa uma bela exibição e um triunfo seguro, por 2-0, sobre a Ucrânia. A três dias da partida para a Nova Zelândia, a formação orientada por Francisco Neto, que poupou Kika Nazareth, deixou excelentes indicações, tal como acontecera no anterior particular com a Inglaterra, mas, desta vez com vitória, revelando capacidade para fazer pressão alta e manter o jogo quase sempre no meio-campo ucraniano.

Claro que este teste frente às ucranianas, que não estarão no Mundial, foi de uma natureza diferente do encontro com as inglesas (que deu empate 0-0). Se, frente às campeãs da Europa, Portugal testou a sua resistência frente a um adversário teoricamente mais poderoso (e vai ter jogos como este no Mundial, frente a EUA e Países Baixos), o embate com as ucranianas serviu para testar competências de como dominar um jogo (que serão necessárias no jogo com o Vietname). E as impressões foram as melhores, com as portuguesas a sentirem-se inspiradas por um público que acorreu em número recorde para jogos da selecção feminina – 20.123 espectadores.

Pode dizer-se, até, que as jogadoras portuguesas ficaram a dever a si próprias uma goleada, tal o número de oportunidades criadas, muito graças ao entendimento entre as duas Silvas do ataque, Diana e Jéssica. Mas o primeiro golo foi todo da avançada do Benfica e da sua capacidade de luta. Aos 19’, num atraso de uma ucraniana para a sua capitã, Apanashchenko, a portuguesa intrometeu-se, ficou com a bola e, com um toque subtil, endereçou-a para a baliza.

Mesmo a fechar a primeira parte, Diana Silva ganhou uma bola na esquerda, direccionou-a para Jéssica, que voltou a ganhar a Apanashchenko, ultrapassou Shmatko e fez mais um passe certeiro para a baliza. A primeira parte acabou logo a seguir, mas a tendência do jogo manteve-se nos segundos 45 minutos. Muito Portugal, muito pouca Ucrânia, mas, apesar dos apelos do público para mais, os golos não voltaram a aparecer. Não houve goleada, mas ficaram as boas sensações para a estreia absoluta em Mundiais.

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