Venus Williams perde, mas a lenda perdura em Wimbledon

Novak Djokovic e Iga Swiatek tiveram estreias tranquilas no torneio inglês.

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Venus Williams EPA/NEIL HALL
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Aos 43 anos, e depois de uma lesão em Março que a impediu de se apoiar nas duas pernas, Venus Williams fez questão de mostrar a sua enorme competitividade, para além do amor pela modalidade que a mantém activa no circuito profissional: somou uma inédita 92.ª participação num quadro principal de um torneio do Grand Slam e é agora, também, a recordista em Wimbledon, com 24 presenças – ultrapassando Martina Navratilova, com quem partilhava a marca. Mas Venus, que disputou nove finais em Wimbledon e conquistou cinco títulos, entre 2000 e 2008, continua sem ganhar um encontro em majors há dois anos e, frente a Elena Svitolina, cedeu em dois sets.

A disputar somente o terceiro torneio em 2023, Venus surgiu com o joelho direito ligado e assustou-se após uma queda no início do encontro. “Entrei no encontro de forma perfeita, literalmente a acertar tudo, e então fui vítima da relva”.

Mesmo diminuída, a veterana salvou um set-point no set inicial e, na segunda partida, “quebrou” o serviço de Svitolina quando esta serviu a 5-2. Mas não evitou que a ucraniana, mais consistente, vencesse o duelo de “wild-cards”, por 6-4, 6-3.

Se as vitórias de Svitolina – de regresso a Wimbledon depois de ter sido mãe em Outubro do ano passado –, de Iga Swiatek, Jessica Pegula, Carolina Garcia, Daria Kasatkina e Vitoria Azarenka eram esperadas, o mesmo não se pode dizer da eliminação de Coco Gauff. A número sete do ranking perdeu o duelo 100% norte-americano com Sofia Kenin, ex-quarta mundial e campeã do Open da Austrália e finalista em Roland-Garros em 2020.

Lesões e quebras de confiança atiraram-na para fora do top 200 no final de 2022 e Kenin chegou a Londres na 128.ª posição. A passagem pelo qualifying acabou por ser benéfica pois entrou no court 1 com enorme confiança para somar a sua 10.ª vitória sobre uma top 10, ao bater Gauff, por 6-4, 4-6 e 6-2.

No quadro masculino, a maior desilusão foi protagonizada por Felix Auger-Aliassime (12.º), que já tinha sido eliminado na estreia em Roland-Garros. Ao fim de quatro horas e quando enfrentou um match-point, o canadiano cometeu uma dupla-falta e deu a vitória ao norte-americano Michael Mmoh (119.º), por 7-6 (7/4), 6-7 (4/7), 7-6 (7/4) e 6-4.

Novak Djokovic continua sem perder em relva desde a final do torneio de Queen’s em 2018 e somou a 40.ª vitória consecutiva no court central do All England Club, diante de Pedro Cachin, por 6-3, 6-3 e 7-6 (7/4), para se juntar a Casper Ruud, Jannik Sinner e Andrey Rublev na segunda ronda.

Entre os veteranos, Stan Wawrinka (88.º) obteve a primeira vitória em Wimbledon desde 2019, ao vencer Emil Ruusuvuori (47.º), por 7-5, 7-5 e 6-4. Em contraste, John Isner, 103.º mundial e semifinalista aqui em 2018, somou a oitava derrota em primeiras rondas em nove eventos realizados em 2023, desta vez frente a Jaume Munar (109.º), por 4-6, 6-3, 6-4 e 6-4.

Nesta terça-feira, Nuno Borges (69.º) estreia-se frente ao argentino Francisco Cerundolo (19.º), no segundo encontro do court 14, cuja jornada se inicia às 11 horas.

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