A mostra dos invisíveis por Marco Martins

O mundo do trabalho é bem conhecido do autor, encenador e realizador, que, com aguçada curiosidade e considerável clareza, criou já um conjunto relevante de obras.

cultura,marco-martins,critica,teatro,culturaipsilon,precariedade,
Fotogaleria
Marco Martins reúne oito retratos de dor e alegria, de dúvida e ansiedade, de saudade e resignação cortesia são luiz
cultura,marco-martins,critica,teatro,culturaipsilon,precariedade,
Fotogaleria
"Pêndulo" junta Elane Galacho, Emanuelle Bezerra, Fabi Lima, Juliana Teodoro Alves, Maria Gustavo, Maria YaYa Rodrigues Correia, Nádia Fabrici e Nzaji Dende,"Pêndulo" junta Elane Galacho, Emanuelle Bezerra, Fabi Lima, Juliana Teodoro Alves, Maria Gustavo, Maria YaYa Rodrigues Correia, Nádia Fabrici e Nzaji Dende cortesia são luiz,cortesia são luiz
cultura,marco-martins,critica,teatro,culturaipsilon,precariedade,
Fotogaleria
Marco Martins reúne oito mulheres, imigrantes de diferentes nacionalidades, com a colaboração de Djaimilia Pereira de Almeida cortesia são luiz
Ouça este artigo
--:--
--:--

O confinamento deu-lhes alguma visibilidade, quando nos jornais e principalmente na televisão e na internet surgiram as primeiras imagens de comboios e autocarros e barcos a transbordar de pessoas, trabalhadores que enfrentavam a pandemia sem distanciamento social por não terem alternativa e por o seu serviço ser, como se disse então, essencial. Afinal é sempre preciso que alguém trate dos doentes e das crianças, que os espaços sejam limpos, a roupa passada a ferro, os alimentos repostos nas prateleiras dos supermercados, as caixas registadores ocupadas, as entregas ao domicílio realizadas… Foi quando muitos deram por eles e viram uma multidão de gente muito mal paga, obrigada a horas entre a casa e o trabalho; arriscando a vida, muitas vezes sem qualquer vínculo laboral nem existência legal, para que a vida continuasse. Depois, a pandemia passou, e deixámos de os ver, como se a sua presença fosse apenas um episódio do pesadelo. No entanto, mesmo que outra vez invisíveis, eles andam aí.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar