Deixar de fumar: é hoje o dia?

Mais anos de vida, saúde e juventude e mais dinheiro na carteira são argumentos de peso para que deixe de fumar. Faça deste Dia Mundial Sem Tabaco uma causa e invista em si e no seu bem-estar.

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O Dia Mundial Sem Tabaco, criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como forma de alerta para as doenças e mortes evitáveis relacionadas com o tabagismo, é um desígnio actual e cada vez mais pertinente.

“A epidemia do tabaco é uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou, matando mais de oito milhões de pessoas por ano, incluindo cerca de 1,2 milhões por exposição ao fumo passivo”, adverte a OMS.

Como lembra a Fundação Portuguesa de Cardiologia, em média, os fumadores têm menos dez anos de vida do que os não fumadores uma vez que as substâncias do fumo do tabaco (mais de quatro mil compostos químicos potencialmente nocivos) afectam alguns dos nossos órgãos mais importantes.

Actualmente existem vários dispositivos para fumar, variando sobretudo na composição e modo de fabrico. Os cigarros tradicionais continuam a ser os mais consumidos, seguidos dos cigarros electrónicos (vape), que normalmente contêm nicotina, solventes, aromas e outros aditivos. Por outro lado, o cachimbo de água (shisha) e o tabaco aquecido têm vindo a ganhar maior visibilidade, com um acréscimo do consumo de 7,2% entre 2015 e 2019.

No que diz respeito aos cigarros ditos “electrónicos”, o aerossol que produzem pode ser potencialmente menos nocivo do que o fumo do tabaco, mas não está isento de riscos¹. Ainda não existem evidências que demonstrem que estes dispositivos sejam menos prejudiciais, pois a presença de nicotina e outros aditivos nos cigarros electrónicos provoca igualmente dependência e não são seguros para a saúde¹.

Apesar de os cigarros electrónicos poderem ajudar algumas pessoas a deixar de fumar cigarros tradicionais, não se conhece ainda a sua eficácia na cessação tabágica. Alguns estudos¹ indicam que muitas pessoas que iniciaram um processo de cessação tabágica com recurso a cigarros electrónicos acabaram por voltar ao consumo de nicotina, utilizando inclusivamente outros dispositivos para fumar em simultâneo, não abandonando efectivamente o consumo de nicotina ou de tabaco.

Hoje sabe-se que, em todo o mundo, o tabaco é responsável por 25% a 30% da totalidade dos cancros. No nosso país, segundo dados do último Inquérito Nacional de Saúde (2019), 16,8% da população residente em Portugal Continental com 15 anos ou mais é fumadora, 14% da qual fumadora diária.
A melhorar opção será sempre deixar de fumar, seja cigarros tradicionais, tabaco aquecido ou cigarros electrónicos recorrendo a apoio comportamental e terapêuticas aprovadas para esse efeito.

Os benefícios para quem deixa de fumar

Quer a sua estratégia de cessação tabágica inclua ou não terapêutica medicamentosa, os benefícios de deixar de fumar são inúmeros. No que se refere à saúde, esta irá melhorar quase de imediato, mas sobretudo, a longo prazo. Em baixo, deixamos alguns dos factores que devem ajudar a tomar a decisão.

• 20 minutos após o último cigarro, a frequência cardíaca e a tensão arterial descem;
• 12 horas após o último cigarro, os níveis de monóxido de carbono no sangue voltam ao normal;
• Entre duas e doze semanas após o último cigarro, a circulação sanguínea melhora e a função pulmonar aumenta;
• Entre um e nove meses após o último cigarro, a tosse e a falta de ar diminuem;
• Um ano após o último cigarro, o risco de enfarte do miocárdio (ou ataque cardíaco) é cerca de metade do que num fumador;
• Entre dois a cinco anos após ter deixado de fumar, o risco de acidente vascular cerebral (AVC) é aproximadamente o mesmo de uma pessoa que nunca fumou;
• No espaço de cinco anos, o risco de cancro da boca, garganta e esófago é reduzido para metade. O risco de cancro da laringe e do colo do útero também diminui;
• Dez anos depois de ter deixado de fumar, o risco de cancro do pulmão é metade daquele que um fumador apresenta.


1 - Informação presente no site da Direcção-Geral de Saúde.


Dextazin 1,5 mg comprimido (citisiniclina) é um medicamento não sujeito a receita médica de dispensa exclusiva em farmácia, para ajudar a parar de fumar e reduzir o desejo de nicotina em fumadores dispostos a parar de fumar: Dextazin permite uma redução gradual da dependência de nicotina, aliviando os sintomas de abstinência. O consumo de tabaco deve ser interrompido o mais tardar ao 5.º dia de tratamento e não deve ser continuado durante o tratamento, pois pode agravar as reacções adversas. Não recomendado em menores de 18 anos, doentes com mais de 65 anos e doentes com compromisso renal ou hepático. Mulheres a tomar contraceptivos hormonais de ação sistémica devem usar um segundo método contraceptivo de barreira, por exemplo, preservativos. Leia cuidadosamente as informações constantes do acondicionamento secundário e do folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consulte o médico ou o farmacêutico. Para mais informações deverá contactar o titular da autorização de introdução no mercado: Aflofarm Farmacja Polska Sp. z o.o., Partyzancka 133/151, 95-200 Pabianice, Polónia, Tel. (42) 22-53-100, email: aflofarm@aflofarm.pl DTZ-16-05/23

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