A “próxima época” do Sporting começou com uma vitória

“Leões” fecham a temporada com um triunfo após reviravolta por 1-2 sobre o Vizela, depois de terem sofrido logo nos primeiros minutos.

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Mendez e Morita numa disputa de bola EPA/MANUEL FERNANDO ARAUJO
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Depois de uma época com pouco para recordar, o Sporting fechou o seu último jogo com um triunfo por 1-2 sobre o Vizela. Em 90 minutos muito pouco espectaculares, os minhotos, já tranquilos no que à manutenção diz respeito, até começaram melhor, com um golo logo aos 6’, mas os “leões, empurrados por Pedro Gonçalves lá conseguiram o triunfo, fechando a época no quarto lugar, com 74 pontos. Já o Vizela, que trocou de treinador a meio da época, fechou com 40 pontos, no 11.º lugar.

Amorim tinha anunciado o “onze” no dia anterior e manteve os nomes que prometera, com destaque para as titularidades de Franco Israel e Dário Essugo, dois que, pela idade e pelas circunstâncias do clube (pouco dinheiro e obrigado a vender) estarão nos planos para 2023-24. E era assim que o técnico “leonino” encarava este jogo de fim de época que já não contava para nada: uma nesga do futuro. Mas não era só o Sporting que olhava para o jogo desta maneira. Também o Vizela, depois de garantida a manutenção, tinha aqui uma oportunidade para, sem a pressão dos pontos, mostrar o que tem aprendido com Tulipa, o treinador que pegou numa equipa aflita a meio da época e a tranquilizou.

O Vizela não precisou de muito para ferir o “leão”. Logo aos 6’, os minhotos conseguiram bloquear um ataque da sua área e logo se lançaram para a frente. O sempre excelente Kiko Bondoso dominou a bola com mestria e deu para a arrancada antes do meio-campo de Osmajic. O ponta-de-lança montenegrino acelerou, ganhou a frente a Coates e, perante Israel, fez o primeiro do jogo, naquele que foi o oitavo golo da temporada para o jogador balcânico.

Logo o Sporting ficou em alerta, mas, sem o seu motor do meio-campo (Ugarte), não conseguia ter a sua dinâmica habitual de pressão alta – Essugo tem potencial, mas não é a mesma coisa. Os “leões” demoraram algum tempo até se aproximar da baliza minhota, mas, quando o fizeram, chegaram ao empate.

Depois de um lance entre Ivanildo e Paulinho em que o avançado sportinguista reclamou penálti, Pedro Gonçalves bateu um canto a partir do lado esquerdo e, ao primeiro poste, surgiu Gonçalo Inácio, que cabeceou sem oposição e para o lado certo das redes à guarda de Buntic. Um jogo lançado nestas bases, com dois golos em 20 minutos, podia indiciar um festival ofensivo, como por vezes se vê em jogos onde não há nada a perder. Só que… não.

O Sporting passou o resto do jogo a tentar fazer o cerco à baliza vizelense, os homens de Tulipa andaram sempre à espreita de mais uma oportunidade. Mas o perigo rondou pouco as duas balizas. Uma ou outra arrancada de Nuno Santos, um par de iniciativas de Trincão e Edwards, mas nada valha a pena falar.

Até que, aos 85’, voltou a aparecer aquele que tem sido o principal “culpado” por alguns dos melhores momentos do Sporting esta época. Pedro Gonçalves, o melhor marcador e assistente da equipa, pegou na bola ainda a meio-campo, levou o jogo até à área minhota, e com Chermiti como alvo, acabou por cruzar na direcção de Ivanildo, que se atrapalhou e meteu a bola na própria baliza. E mais nada aconteceu. Não que tivesse acontecido muito.

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