IL obriga secretário de Estado adjunto de Costa a explicar origem da actuação do SIS

Bancada dos liberais usa direito de potestativo, depois de o PS chumbar o requerimento para a audição de Mendonça Mendes.

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António Mendonça Mendes vai mesmo ter de dar explicações na AR LUSA/ANTÓNIO COTRIM
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A Iniciativa Liberal (IL) vai usar um direito potestativo para obrigar o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes, a comparecer na Assembleia da República para explicar a origem do contacto para os Serviços de Informação de Segurança (SIS) na recuperação do computador do ex-adjunto do ministro das Infra-Estruturas, João Galamba.

O anúncio foi feito esta manhã pelo líder da bancada da IL, Rodrigo Saraiva, após o chumbo por parte do PS do requerimento que pedia a audição de Mendonça Mendes na Comissão de Assuntos Constitucionais para explicar o que se passou na noite de 26 de Abril, quando o SIS foi accionado para recuperar o portátil de Frederico Pinheiro, que teria informação classificada.

Rodrigo Saraiva considerou que os portugueses precisam de saber “se Mendonça Mendes foi ou não contactado, se falou com o ministro [João Galamba] e o que é que disse”.

Na semana passada, na comissão parlamentar de inquérito à TAP, João Galamba acabou por confirmar que telefonou ao secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro às 21h52 entre os vários contactos que fez nessa noite para ministros, depois de saber que Frederico Pinheiro, já exonerado, tinha levado o computador das instalações do Ministério das Infra-Estruturas.

Mas foi a sua chefe de gabinete, Eugénia Correia, que teve a iniciativa de contactar o SIRP – Sistema de Informações da República Portuguesa a propósito do mesmo caso, sem informar o ministro, segundo a própria relatou na comissão de inquérito.

O SIS contactou Frederico Pinheiro e recuperou o computador nessa noite, numa operação que tem suscitado muitas dúvidas, mas que o primeiro-ministro disse ser “corriqueira”.

Rodrigo Saraiva justificou a entrega do requerimento da presença de Mendonça Mendes na Comissão de Assuntos Constitucionais por incidir sobre um assunto que “extravasa” o que é a gestão da tutela da TAP, o objecto da comissão de inquérito.

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