Ainda paira sobre nós a doentia ideia de “facilitar” o ensino

Tudo continua a resumir-se ao espírito da Reforma 2003, em que as palavras-chave “novo” e “lúdico”, reinterpretadas levianamente, mascararam tudo o que dizia respeito ao ensino, assim continuando.

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Tive já oportunidade de escrever que ultimamente tenho lidado de perto com o 1.º ciclo, e a excelente crónica de Ana Cristina Leonardo foi determinante para não adiar mais este artigo. Tudo, a meu ver, continua a resumir-se ao espírito da Reforma 2003, em que as palavras-chave – “novo” e “lúdico” – reinterpretadas levianamente, mascararam tudo o que dizia respeito ao ensino, assim continuando. Lembrar-se-ão das famosas “teorias da educação”, favoráveis a um “novo lúdico” e a muita felicidade, e contrárias aos TPC ou a aulas expositivas, ou do privilégio conferido ao real, ao prático e ao “presente”, este, solto da sua natural afinidade (cumplicidade) com o passado e o futuro e por isso “mais em sintonia com a idade dos alunos”, dizia-se.

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