Ausente de Roland Garros, Rafael Nadal adia retirada do ténis para 2024

O campeão espanhol precisa de mais tempo para recuperar da lesão e ainda não tem data para voltar à competição.

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Rafael Nadal EPA/CATI CLADERA
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Foi na Academia que leva o seu nome, em Manacor, que Rafael Nadal confirmou a notícia que os fãs de ténis menos queriam ouvir, mas que já era esperada: o tenista espanhol vai estar ausente de Roland Garros, torneio onde já ergueu 14 troféus.

Nadal, detentor de 22 títulos em torneios do Grand Slam, explicou que ainda não conseguiu voltar ao nível exigido para competir ao mais alto nível, depois da lesão contraída em Janeiro, e espera regressar em breve para realizar, em 2024, uma derradeira época no circuito profissional.

“Tenho trabalhado o mais possível diariamente nos últimos quatro meses. Têm sido meses difíceis porque não temos conseguido encontrar solução para o problema que tive na Austrália, por isso, ainda estou em posição de não me sentir pronto para competir ao nível que preciso de estar para jogar em Roland Garros”, explicou Nadal.

Em 2004, o jogador maiorquino lesionou-se no Estoril Open, no encontro da segunda ronda em que venceu Richard Gasquet, e não pôde estrear-se no torneio parisiense, ao qual iria chegar, aos 17 anos, com o estatuto de 34.º mundial. No ano seguinte, conquistou o primeiro dos 14 títulos. A única outra desistência de Roland Garros aconteceu em 2016, quando Nadal foi forçado a retirar-se antes de disputar a terceira ronda, lesionado no pulso.

“Não mereço acabar assim. Trabalhei muito durante a minha carreira para que o meu fim não seja numa conferência de imprensa”, afirmou o tenista de 36 anos, antes de deixar o desejo de poder competir em 2024.

“Vou tentar que o meu último ano não seja apenas uma festa, vou tentar competir ao mais alto nível, dar a mim mesmo a opção de competir e vencer torneios nesta época de terra batida. A realidade é que vou ter de esperar por isso”, frisou.

O anúncio de Nadal foi igualmente tema nos Internazionali BNL d'Italia. “Desejo que possamos vê-lo mais um par de anos antes que decida parar”, afirmou Daniil Medvedev (3.º), depois de derrotar Yannick Hanfmann (101.º), por 6-2, 6-2 e qualificar-se, em Roma, para a 48.ª meia-final da carreira, mas apenas a terceira em terra batida.

O outro semifinalista saía do embate da noite, entre Stefanos Tsitsipas (4.º) e Borna Coric (16.º).

Esta sexta-feira, realizam-se as meias-finais femininas, entre Veronika Kudermetova (12.ª) e Anhelina Kalinina (47.ª), seguida do duelo entre Jelena Ostapenko,(20.ª) e Elena Rybakina (6.ª) – que terminou com a série de 14 vitórias de Iga Swiatek, quando a número do ranking abandonou a 2-2 do terceiro set, lesionada na coxa direita.

Contudo, a lesão não deverá impedir que Swiatek defenda o título em Roland Garros, que começa no dia 28. “Vou estar um par de dias de fora, de certeza, e a marcar o meu voo para Paris. Cruzem os dedos, por favor”, apelou a polaca aos seus fãs, através das redes sociais.

No Oeiras Open 4, torneio do ATP Challenger Tour que decorre no Jamor, Jaime Faria e Henrique Rocha venceram o croata Zvonimir Babic e o cazaque Grigoriy Lomakin, por 6-1, 6-4, e vão, na tarde de sexta-feira, discutir o acesso à final. Nas meias-finais da prova individual, a partir das 13 horas, o brasileiro Felipe Meligeni Alves (175.º) defronta o australiano Aleksandar Vukic (127.º) e o argentino Facundo Diaz Acosta (134.º) mede forças com o norte-americano Nicolas Moreno de Alboran (207.º).

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