Rune ganha mais um episódio do “render da guarda”

Portugal vai receber um torneio WTA 125 em 2024

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Holger Rune Reuters/ALEKSANDRA SZMIGIEL
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Pela primeira vez desde 2004, nem Novak Djokovic, nem Rafael Nadal vão estar a disputar a final dos Internazionali BNL d'Italia. À ausência do espanhol, juntou-se a eliminação de Djokovic nos quartos-de-final por Holger Rune, que, em Roma, somou a segunda vitória consecutiva sobre o sérvio. Djokovic tem assistido da primeira fila ao surgimento da nova geração do ténis: todas as cinco derrotas sofridas nos últimos 13 meses em torneios ATP 1000 foram diante de adversários com menos de 23 anos. De entre os jogadores ainda no activo que já defrontaram Djokovic pelo menos três vezes, o dinamarquês de 20 anos é, juntamente com Nick Kyrgios, o único a deter um registo positivo de vitórias-derrotas (2-1).

A maturidade de Rune ficou bem demonstrada pela forma como reapareceu no court após a paragem forçada pela chuva, quando servia a 6-2, 4-5 (0-30). No recomeço, Djokovic fechou a partida, mas o número sete do ranking repetiu a exibição do set inicial e derrotou o sérvio de 35 anos, por 6-2, 4-6 e 6-2.

“É uma grande vitória para mim. Fui menos corajoso no segundo set, mas depois de perder o set disse a mim mesmo: ‘tudo bem, só tens que continuar’”, explicou Rune, que derrotara Djokovic no último duelo, em Novembro, na final do ATP 1000 de Paris aproveitou metade dos 10 break-points de que dispôs.

Djokovic conformou-se com o desfecho e elogiou o adversário colocando-o na lista de favoritos ao triunfo em Roland-Garros, onde Nadal deverá ser o grande ausente. “Claro que Alcaraz, Rune, estes tipos estão na luta, serão alguns dos grandes favoritos a conquistar o título”, admitiu.

Rune é o sexto jogador neste século a vencer seis (ou mais) encontros consecutivos frente a adversários do top 5, imitando Gustavo Kuerten, Andre Agassi, Rafael Nadal, Roger Federer e o próprio Djokovic.

Nas meias-finais dos Internazionali BNL d'Italia, Rune defronta Casper Ruud (4.º), que ultrapassou Francisco Cerundolo (31.º), por 7-6 (7/5), 6-4.

No torneio feminino, Jelena Ostapenko (20.ª) afastou Paula Badosa (35.ª), por 6-2, 4-6 e 6-3, e está nas meias-finais de um torneio de terra batida pela primeira vez desde 2017, quando a letã triunfou em Roland-Garros.

Estreante nas ‘meias’ de um WTA 1000 é Anhelina Kalinina (47.ª) que venceu a brasileira Beatriz Haddad Maia (15.ª), por 6-7 (2/7), 7-6 (8/6) e 6-3, em três horas e 41 minutos, o mais longo encontro feminino de 2023.

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