Obrigações do Benfica superam 121 milhões de euros

SAD encarnada apresentou resultados da operação que superou quase duas vezes e meia os 50 milhões do empréstimo obrigacionista.

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Benfica apresentou resultados do empréstimo obrigacionista Diego Nery

O empréstimo obrigacionista da Benfica SAD foi um "sucesso", de acordo com o administrador Domingos Soares de Oliveira, que durante a apresentação dos resultados da operação destacou a forte procura, a ultrapassar em 2,4 vezes os 50 milhões de euros disponíveis, sublinhando, contudo, a necessidade de vender jogadores todos os anos.

"Esta emissão é um sucesso. Das 14 emissões que fizemos, nunca encontrei um valor tão alto [ao nível da procura, acima dos 121 milhões de euros]", motivo pelo qual foi aumentado de 40 para 50 milhões o montante inicialmente colocado no mercado.

"Em 2020, a procura máxima chegou aos 70 milhões de euros", realçou Soares de Oliveira no decorrer da sessão especial na Euronext Lisboa, a gestora da bolsa portuguesa. O administrador da SAD garante que o endividamento não será agravado, nem haverá tensão no final do período 2023-26, altura em que termina o contrato de direitos televisivos vigente.

O gestor apontou ainda para os mais de seis mil investidores (6.048) que participaram na operação, quando a média das anteriores ofertas não superou os 4743 subscritores.

"Temos muito mais dinheiro e muito mais investidores", salientou o responsável, acompanhado pelo presidente, Rui Costa, que não prestou declarações no final da apresentação dos resultados. O CEO da SAD benfiquista sublinhou ainda que a venda de jogadores será sempre uma receita fundamental para que o clube possa assegurar o pagamento de salários e competir a nível europeu.

Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisboa, felicitou os responsáveis da Benfica SAD pela operação, revelando que "a procura ultrapassou a oferta logo no primeiro dia".

O novo empréstimo obrigacionista da SAD "encarnada" tem o valor de 50 milhões de euros e uma duração de três anos, pagando uma taxa de juro anual de 5,75%, estando a oferta dividida entre a aquisição de novas subscrições e uma oferta pública de troca (relativa a uma emissão anterior, de 2020).

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