Golo de Coates mantém o Sporting na luta pela Champions

Num jogo que terminou com um golo anulado ao Marítimo e muita confusão em Alvalade, os “leões” conseguiram vencer uma partida em que esteve a perder até ao minuto 84.

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O Sporting terminou com 10 elementos em campo frente ao Marítimo LUSA/TIAGO PETINGA
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O final foi de loucos, com um golo anulado ao Marítimo, confusão q.b. e Adán expulso, mas num jogo em que esteve a perder até ao minuto 84, o Sporting conquistou um triunfo (2-1) que mantém os “leões” na luta pelo terceiro lugar, que dará acesso às pré-eliminatórias da Liga dos Campeões. Numa partida em que os madeirenses marcaram cedo (Vítor Costa, aos 10’), a equipa de Rúben Amorim voltou a mostrar lacunas ofensivas, mas um golo de Matheus Costa na própria baliza (84’) e outro do “pronto-socorro” Coates, colocaram o Sporting na frente. No último minuto de descontos, um golo anulado aos madeirenses lançou a anarquia no relvado.

Sem margem para novos erros, o Sporting surgiu pela penúltima vez esta época em Alvalade com novidades, que deixavam indícios que Rúben Amorim escolheu o “onze” para defrontar o Marítimo a pensar no clássico frente ao Benfica.

Do quinteto que estava em risco de falhar a partida contra os “encarnados” no caso de ver um amarelo, Amorim não tinha disponível Chermiti devido a uma lombalgia e optou por sentar ao seu lado no banco Morita e Nuno Santos. Assim, mantendo o seu inegociável sistema táctico, o técnico voltou a fazer recuar Pedro Gonçalves para o meio-campo, colocando Edwards (um dos que estava em risco de exclusão), Trincão e Paulinho no ataque.

Longe de atravessar um período de fulgor - quatro pontos nas últimas cinco jornadas -, o Marítimo entrou em campo com o conforto da notícia da derrota do Paços de Ferreira, mas, para continuar a ambicionar evitar o play-off, a equipa de José Gomes necessitava de pontos para chegar à “final” da última jornada no Estoril a depender apenas de si para ultrapassar os “canarinhos”.

E os primeiros minutos mostraram um Marítimo ambicioso e desinibido. Com jogadores de qualidade (Xadas, Vidigal e Félix Correia), os insulares procuraram pressionar os sportinguistas logo à saída da área dos “leões” e, no primeiro erro do adversário, não perdoaram: aos 10’, após um mau domínio de Coates, Félix Correia, jogador “made in” Alcochete, assistiu Vítor Costa que, com um remate cruzado ao segundo poste, bateu Adán. A partir daí, o jogo mudou.

Em vantagem, o Marítimo recuou, entregou a bola ao adversário e deixou o Sporting na posição em que recorrentemente mostra dificuldades: o ataque organizado contra equipas com tracção bem atrás.

Embora com muita posse de bola (74% ao intervalo), os sportinguistas até ao intervalo fizeram apenas um remate enquadrado com a baliza de Marcelo Carné, que, durante a primeira parte, não teve de fazer qualquer defesa apertada.

Com 45 minutos para evitar uma derrota que colocaria a época sportinguista a um passo do falhanço total, Amorim esqueceu o duelo com o Benfica e fez três substituições: entraram Inácio, Nuno Santos e Morita. Mantendo o trio de defesas, o técnico entregou os flancos a Nuno Santos e Trincão.

As mudanças não trouxeram melhorias ao futebol “leonino”, mas após um deserto absoluto de oportunidades, Ugarte (66’) e Edwards (74’) provocaram os primeiros calafrios aos madeirenses.

Com todos os jogadores atrás da linha da bola, o Marítimo já só se preocupava em defender e, no tudo ou nada sportinguista (Coates a ponta-de-lança), um lance infeliz de Matheus Costa restabeleceu o empate. Já “fora de horas”, Coates apareceu ao segundo poste e completou a reviravolta.

Ponto final? Nada disso. No último minuto de descontos, Riascos colocou a bola no fundo da baliza do Sporting e lançou a confusão total em Alvalade. Após avanços e recuos – com uma chuva de amarelos e um vermelho para Adán -, o árbitro Tiago Martins foi consultar as imagens e anulou o golo, por falta de Winck sobre Nuno Santos. Alvalade respirava de alívio.

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