Rali de Portugal está na estrada, sem Ogier mas com muita emoção

A prova começa simbolicamente em Coimbra e tem o seu final em Matosinhos.

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Elfyn Evans vai tentar defender a liderança no Mundial de pilotos do WRC LUSA/PAULO NOVAIS

O Rali de Portugal arranca nesta quinta-feira e vai estar na estrada até domingo. E apesar da ausência de Sébastien Ogier (Toyota Yaris), um dos líderes da classificação no Mundial de pilotos mas que optou, pelo segundo ano consecutivo, por não fazer a totalidade do campeonato, a quinta prova do calendário traz consigo muitos motivos de interesse, desde logo o facto de se disputar numa altura em que os quatro primeiros classificados do Campeonato do Mundo têm apenas quatro pontos de diferença entre si.

O britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) parte para a prova portuguesa na frente do campeonato, com 69 pontos, os mesmos do francês Ogier – que conta já com duas vitórias este ano, em Monte Carlo e no México, tendo falhado o Rali da Suécia.

“Portugal é um bom rali, mas tem-se tornado muito duro. Há secções muito rápidas e fluidas, em que é divertido pilotar, mas há outras em que é um desafio cuidar dos pneus e do carro”, frisou Evans, que terá a missão de “abrir” a estrada na sexta-feira (tarefa reservada ao líder do campeonato).

O finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), campeão em título, mas que ainda não venceu este ano, tem apenas menos um ponto do que Evans e Ogier e já sabe o que é ganhar em terras portuguesas - em 2022, tornou-se no mais novo de sempre a vencer a prova.

“É uma prova de que sempre gostei bastante e no ano passado pude vencer, apesar de sermos o primeiro carro em pista. É um rali que todos os pilotos já conhecem bastante bem, com especiais lendárias, pelo que o ritmo deve ser elevado e o duelo equilibrado”, frisou Rovanperä.

Três pontos atrás do finlandês surge o estónio Ott Tänak (Ford Puma), vencedor em 2019, ano em que se sagrou campeão mundial.

Este ano, Tänak tem já uma vitória, na Suécia, mas tem-lhe faltado alguma consistência, pois foi quinto em Monte Carlo e nono no México.

A 56.ª edição do Rali de Portugal terá 329,06km cronometrados, com um percurso total de 1636,25km no centro e norte do país, ao longo de 19 classificativas.

A estreia de uma super-especial na Figueira da Foz, no final do dia de sexta-feira, é a principal novidade da edição deste ano.

O troço na Figueira substitui o que habitualmente se desenhava nas ruas de Coimbra, que, ainda assim, acolhe uma sessão de autógrafos dos pilotos a partir das 18h desta quinta-feira e a partida oficial do rali, que terá lugar às 20h30, na emblemática Porta Férrea da Universidade de Coimbra.

Na manhã de sexta-feira, é também de Coimbra que os concorrentes partem para as duplas passagens pelas classificativas da Lousã (12,03km), Góis (19,33km) e Arganil (18,72km), e a passagem por Mortágua (18,15km), antes da estreia da tal super-especial da Figueira da Foz.

Depois da passagem pela região centro do país, os concorrentes rumam, no sábado e domingo, ao norte e aos troços de Vieira do Minho (26,61km), Amarante (37,24km) e Felgueiras (8,91km), que também recebem duplas passagens, antes de a popular super-especial de Lousada, na pista da Costilha, encerrar o segundo dia da competição.

No domingo, há ainda o troço de Paredes, que antecede a primeira passagem pela especial de Fafe (11,18km) e a classificativa de Cabeceiras de Basto (22,23km).

A derradeira especial, em regime de “power stage” (com atribuição de 15 pontos extra pelos cinco mais rápidos), volta a acontecer em Fafe.

Como já é hábito, a chegada dos concorrentes acontece na marginal de Matosinhos.

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