Manchester City deixou o Bayern em mau estado

Triunfo por 3-0 na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões deixa os ingleses com pé e meio na próxima fase.

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Bernardo Silva no momento do segundo golo do City EPA/PETER POWELL

Uma bola apenas para duas equipas que tão bem a tratam e acostumadas a monopolizá-la foi manifestamente pouco. Mas quem tirou melhor partido dos momentos em que a teve foi o Manchester City, que nesta terça-feira se aproximou das meias-finais da Liga dos Campeões com um triunfo claro sobre o Bayern Munique (3-0), em Inglaterra, na primeira mão da eliminatória.

Numa noite de vento e chuva, o que não é propriamente uma surpresa na região de Manchester, os dois candidatos à conquista do troféu foram congelando as intenções do adversário. O City, em 3x2x4x1, com John Stones a funcionar como jóquer (ora baixava, sem bola, para a linha defensiva, o seu habitat natural, ora formava, em posse, um duplo pivot com Rodri no meio-campo); o Bayern, em 4x2x3x1, a procurar mais a largura e a apostar nos movimentos de Sané e Coman para explorar os corredores laterais.

Mesmo no período de maior encaixe das duas equipas, foram os britânicos os mais incisivos, especialmente pela ala direita. Gundogan, cuja polivalência faz as delícias de qualquer treinador, ameaçou aos 8’,de cabeça, e aos 20’, com antecipação de Kimmich. Um minuto depois, combinou com Grealish num lance que isolou Haaland para defesa fácil de Sommer.

O jogo abriu-se, então, um pouco mais. Musiala viu um remate de golo ser salvo por Ruben Dias e, aos 27’, a primeira machadada. Rodri, num lance individual de pura inspiração, arrancou um pontapé imparável de fora da área e inaugurou o marcador, abrindo uma brecha que o Bayern teria dificuldade em fechar.

Até ao intervalo, Sané ainda testou as qualidades de Ederson com um remate tremendo de fora da área, solução que voltaria a experimentar aos 48’ e 53’. Mas o guarda-redes que esteve mais vezes em apuros foi Sommer, que não resistiu a um erro de palmatória de Upamecano, na saída de bola, e viu Bernardo Silva fazer o 2-0, de cabeça, a passe de Haaland e depois de um toque precioso de Grealish.

O jogo não terminaria, porém, sem o golo da praxe do avançado norueguês, o 11.º nesta edição da Champions e o 45.º em toda a época. Stones assistiu, Haaland finalizou e deixou o Bayern em mau estado, na competição, a precisar de um milagre na próxima semana, em Munique.

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