A paródia do jornalismo

Jornais de TV que duram duas horas não são obscenos apenas pela salada de notícias, directos e reportagens, mas também pelo modo como os apresentadores interrompem a sua função de jornalistas.

Parece um pormenor insignificante, mas é um daqueles fenómenos de superfície que indiciam uma estrutura profunda: a partir de certa altura, num tempo ainda próximo, os políticos entrevistados na televisão ou convidados como comentadores passaram a nomear os jornalistas, a chamá-los pelo nome próprio, a interpelá-los como se estivessem em família. Todos os jornalistas? Não, apenas alguns, aqueles que – como se diz na linguagem corrente – “têm nome”, isto é, ascenderam ao estatuto de celebridades.

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