Governo passou de apoios pontuais a medidas que irão ser estruturais
É curioso que o Governo não assuma a mudança de orientação e a aposta de reforço do Estado social em Portugal que estas medidas enquadram.
A expectativa tinha sido criada pelo primeiro-ministro, no debate parlamentar de quarta-feira, e ontem foram conhecidas as medidas adoptadas pelo Governo para apoiar as pessoas, sobretudo as de menores rendimentos, face à crise inflacionária. E uma primeira e imediata conclusão que se tira das medidas anunciadas pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e pela ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, é a de que há uma mudança significativa na forma como o Governo encara e actua para fazer face às consequências sobre as pessoas mais vulneráveis que advêm do brutal aumento da inflação. Assim como há clara assunção da aposta no fortalecimento do Estado social.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.