Como o Governo mudou de ideias sobre o IVA zero nos alimentos

Depois de ter recusado taxar a 0% os bens alimentares essenciais, o Governo avançou com a medida. É uma “experimentação” para responder à oposição e melhorar a imagem, dizem especialistas.

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Fernando Medina, ministro das Finanças, anunciou a isenção de IVA dos bens essenciais de Abril a Outubro Rui Gaudêncio

Ao contrário de Espanha que, em Dezembro, isentou de IVA os alimentos essenciais para contornar os efeitos da inflação, o Governo português começou por rejeitar a ideia e apostou em apoios extraordinários para as famílias a fim de compensar o aumento dos preços. Agora, aprovou o IVA zero para o cabaz de bens essenciais durante seis meses, no âmbito de um programa para enfrentar a subida do custo de vida, anunciado esta sexta-feira. Ao PÚBLICO, economistas e politólogos sinalizam que a mudança de posição do Governo resulta de uma cedência à pressão pública e dos partidos e de uma resposta à margem orçamental conseguida pela redução do défice.

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