“Entrava água no navio Mondego e motor sem manutenção há 2000 horas”, publicada a 14 de Março

Direito de resposta do gabinete do chefe do Estado-Maior da Armada a notícia publicada a 14 de Março de 2023 na edição digital e no dia 15 de Março de 2023 na edição impressa do PÚBLICO.

No seguimento da notícia publicada a 14 de março de 2023 no jornal PÚBLICO, na sua versão online, sob o título “Entrava água no navio Mondego e único motor precisava de manutenção há 2000 horas”, e na versão em papel no dia 15 de março de 2023, nas páginas 1, 10 e 11, vimos por este meio, ao abrigo do direito de resposta que a lei nos confere, esclarecer que não é verdade a peça de autoria do jornalista Nuno Ribeiro quando refere que os 13 militares enviaram queixas ao chefe do gabinete do chefe de Estado-Maior da Armada, as quais fundamentavam o incumprimento de ordem de largada. Referindo inclusive “um cardápio de falhas comunicado ao gabinete do CEMA”. O que, reitera-se, não aconteceu. Até ao momento, dia 15 de março, nunca chegou qualquer informação dos militares em causa sobre eventuais avarias a bordo ou outros aspetos. Não tendo havido qualquer informação, por qualquer meio estabelecido e existem muitos canais formais que poderiam ter sido utilizados – incluindo representantes dos sargentos e praças que assessoram o almirante CEMA –, de algo com a gravidade que implicava inclusive o não cumprimento de uma ordem de comando.

A Marinha teve conhecimento na segunda-feira, dia 13 de março, de um documento que menciona alegadas limitações operacionais e que tem circulado em redes sociais, nomeadamente através do WhatsApp. De relevar ainda que o teor do alegado documento incide sobre matéria operacional, cuja exposição pública, sendo os factos relatados verdadeiros ou não, pode revestir-se de uma quebra de segurança grave. Agravada pelo facto de a alegada informação veiculada e da forma como foi feita parece ter um intuito de justificação de um ato de insubordinação.

Não pode, assim, a Marinha deixar de lamentar a forma como esta notícia foi elaborada e apresentada, revelando falta de rigor informativo e não tendo sido as mesmas informações confirmadas junto da Marinha. Durante o dia 14 de março, a Marinha recebeu três e-mails de contacto do jornal PÚBLICO, de outro jornalista, e em momento algum esta questão foi colocada.

Do jornal PÚBLICO, enquanto órgão de comunicação social, é legítimo esperar-se um tratamento da informação correto, verídico, rigoroso e esclarecedor. Presente quanto precede, invocando o Direito de Resposta e Retificação, solicito a V. Exa. a publicação deste esclarecimento.

José Sousa Luís, capitão-de-fragata e chefe do Serviço de Informação e Relações Públicas do gabinete do chefe do Estado-Maior da Armada em representação do Almirante Henrique Gouveia e Melo, Chefe do Estado-Maior da Armada.

N.D.: A Associação Nacional de Praças enviou na manhã de segunda-feira, 13 de Março, ao chefe do gabinete do chefe do Estado-Maior da Armada, uma súmula do relatório dos 13 militares do Mondego que se recusaram a cumprir a missão. Foi com base nessa comunicação, em que se invocavam limitações técnicas no navio que comprometiam a segurança do pessoal, que a notícia foi redigida.​

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