Editores portugueses ainda não recorrem a “leitores de sensibilidade”

Polémica em torno da rasura e reescrita de obras de Roald Dahl desperta receios de que o fenómeno chegue a Portugal.

Foto
Performance em Cardiff, terra-natal de Roald Dahl, celebrando o centenário do seu nascimento em 2016 Matt Cardy/getty images

Os anglo-saxónicos chamam-lhes “sensitivity readers”. São pessoas que lêem livros para tentar assegurar que estes não contêm passagens equívocas, implausíveis ou ofensivas para determinados grupos de pessoas. Foi a estes “leitores de sensibilidade” que a editora de Roald Dahl (1916-1990) – autor de Charlie e a Fábrica de Chocolate e de outros livros para crianças que continuam a ser reeditados em dezenas de países – recorreu para expurgar as suas obras de todos os termos potencialmente ofensivos, quer simplesmente rasurando, quer reescrevendo várias passagens. A decisão foi tornada pública no final de Fevereiro e gerou uma controvérsia internacional que continua viva na imprensa e nas redes sociais.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 14 comentários