Termos como “gordo” ou “doido” eliminados dos livros de Roald Dahl. Edições portuguesas não estão alteradas

Revisão da obra incluiu “leitores de sensibilidade” para tornar mais inclusivos os populares livros infanto-juvenis do autor. Salman Rushdie diz que a operação configura uma “censura absurda”.

Foto
Roald Dahl numa sessão de autógrafos em Dun Laoghaire, perto de Dublin (Irlanda) em 1988 Independent News Media/Getty Images

A editora britânica responsável pela publicação da obra do escritor britânico Roald Dahl (1916-1990), autor de obras para crianças como Charlie e a Fábrica de Chocolate ou James e o Pêssego Gigante, está a reescrever passagens dos seus livros para remover termos que considera ofensivos e a acrescentar frases que não foram redigidas pelo autor, para que as obras “possam continuar a ser apreciadas por todos hoje em dia”. A medida já foi criticada por autores como Salman Rushdie, que equiparou a operação a um acto de “censura”, e pelo primeiro-ministro britânico. A actual editora dos livros de Dahl em Portugal, a Oficina do Livro, avançou ao PÚBLICO que actualmente não tem instruções para mudar as traduções.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 12 comentários