Benfica bate Famalicão e consolida liderança da Liga

Golos de Gonçalo Ramos decidiram um encontro em que os visitantes nunca mostraram capacidade para contrariar o líder do campeonato.

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Rafa conduz lance de ataque do Benfica EPA/JOSE SENA GOULAO

O Benfica alcançou nesta sexta-feira a sétima vitória consecutiva no campeonato e cimentou a liderança da prova, graças a um triunfo, por 2-0, sobre o Famalicão, no Estádio da Luz, no arranque da 23.ª jornada. Provisoriamente, os "encarnados" aumentaram para 11 pontos a vantagem sobre o segundo classificado.

Sem Roger Schmidt no banco e com a dupla Aursnes e Florentino em risco de falharem a viagem à Madeira, numa altura em que o treinador alemão não dispõe de Chiquinho, o Benfica aproveitou a abordagem previdente do Famalicão para se instalar no meio-campo minhoto. Refira-se que a equipa de João Pedro Sousa até tentou uma entrada pressionante, na expectativa de surpreender com o jogo a “frio” e, assim, poder apanhar o líder do campeonato descompensado.

Porém, essa foi uma estratégia efémera, porque rapidamente anulada pelos “encarnados”, ainda que às “águias” faltasse velocidade e uma eficaz ocupação dos espaços para poder explorar convenientemente a largura, com Neres à direita e João Mário à esquerda, apoiados por dois laterais muito projectados.

As primeiras aproximações do Benfica à baliza de Luiz Júnior nasceram de lances de bola parada, com livres perigosos na zona frontal, sem que daí resultasse qualquer sinal de golo. O Famalicão respondeu por Sanca, num remate espontâneo a rasar a baliza de Vlachodimos. Mas esse momento seria a excepção, pelo menos até o resultado mudar.

O Benfica acabaria por adiantar-se num lance em que Riccieli fez um mau alívio, devolvendo a bola a Grimaldo, que assistiu Gonçalo Ramos para o golo que obrigou o Famalicão a dividir um pouco mais o jogo.

A reacção famalicense criou, de resto, alguns constrangimentos à defesa do Benfica, que até então se limitara a controlar a zona do círculo central. Mas a precipitação e ineficácia dos avançados acabou por determinar a vantagem mínima dos locais ao intervalo, com Colombatto a não conseguir aproveitar uma situação de apuro resolvida por Otamendi e uma finalização de Pablo Felipe a sair longe do alvo.

Sem mais tempo a perder, o Benfica surgiu decidido no reatamento, procurando resolver rapidamente a questão e abrir um fosso de 11 pontos para o segundo classificado, aumentando a pressão sobre o rival FCPorto. Grimaldo voltou a destacar-se e o Famalicão — forçado a deixar o defesa Riccieli nas cabinas — parecia algo desligado, permitindo algumas boas iniciativas do adversário.

Neres tentou imitar o lateral espanhol, mas a bola voltou a sair ao lado, esgotando-se praticamente aí o ímpeto benfiquista, já que só à entrada dos últimos 20 minutos houve motivos para animar as bancadas: primeiro num remate de Gonçalo Ramos que o guardião famalicense anulou; depois num cabeceamento de Rafa Silva à barra. O lance poderia ter resultado num penálti por mão de Ivo Rodrigues, mas o videoárbitro considerou o toque casual.

O jogo entrava na fase em que qualquer erro podia revelar-se irrecuperável, sempre com o Benfica por cima e o Famalicão sem capacidade para interferir nas contas do campeonato. Mas o golo da tranquilidade para as "águias" surgiu já no tempo de compensação, na recarga a um primeiro remate de Grimaldo, de fora da área.

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