Maior título e melhor ranking para Nuno Borges

Ao triunfar no challenger 125 de Monterrey, o tenista da Maia subiu ao 85.º lugar.

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Nuno Borges EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Nada melhor que um título para celebrar a reentrada de Nuno Borges no top 100. E logo, o maior que o tenista da Maia alguma vez alcançou: o Abierto GNP Seguros, torneio do Challenger Tour da categoria 125. Borges não perdeu um único set durante toda a semana passada em Monterrey (México) e é agora o 85.º do ranking mundial.

“Quando vi que a bola ia fora, pensei ‘uau, nem acredito que ganhei um 125’. No início da semana nunca pensei que poderia sair daqui como campeão. Foi mesmo jogo a jogo e sim, que grande semana. Não pensei no top 100 ou no ranking. Ganhar um torneio é um sentimento especial e naquele momento estava incrédulo com o que tinha conseguido”, confessou Borges, depois de derrotar o croata Borno Gojo (127.º), por 6-4, 7-6 (8/6).

O tenista maiato, de 26 anos, salvou os dois break-points que enfrentou durante o embate, ambos no primeiro set. E, na segunda partida esteve a perder por 4/6 no tie-break, mas contou com a colaboração de Gojo que, além de somar 15 ases, cometeu duas duplas-faltas nessa fase crucial.

Ao longo da semana, Borges aproveitou a altitude da cidade mexicana (540 metros acima do mar), perdeu uma única vez o serviço e, na final, ganhou 91% dos pontos em que colocou o primeiro serviço e 50% no segundo, incluindo o match-point, cuja resposta de Gojo foi para fora.

“Servi muito bem no geral, as condições ajudam muito a quem está a servir, é difícil responder, a bola, embora não fosse muito rápida para compensar, salta e anda bastante e houve poucos breaks em todos os encontros. Gosto mais de jogar ao nível do mar e num campo até um bocadinho mais lento. Talvez em relação aos adversários, estas condições me favoreçam mais”, explicou Borges, que concluiu o encontro na primeira oportunidade, ao fim de uma hora e 24 minutos.

“A partir dos quartos foram todos muito complicados e difíceis. Hoje foi mesmo muito bem conseguido, aproveitei logo a oportunidade no início do primeiro set e geri muito bem a situação até ao fim e, com as emoções, talvez tenha cometido um erro ou outro mais escusado, mas numa final não é como se quer, mas como se consegue. Como ele batia forte do fundo do court e servia muito bem (acho que foi o melhor servidor que encontrei em toda a semana) pôs mais pressão”, acrescentou o campeão de Monterrey.

“Estava a relembrar que em Antalya também ganhei o challenger sem perder um set e realmente não é uma situação que acontece muitas vezes e vou aproveitar esta, num patamar completamente diferente, não poderia estar mais contente. Vou preparar-me da melhor maneira para terça-feira voltar ao trabalho”, disse Borges que, esta semana, volta ao ATP Tour, ainda no México, para disputar o Abierto Mexicano Telcel, em Acapulco, onde terá como primeiro adversário o norte-americano Nick Chappell (432.º), vindo do qualifying.

Em Acapulco vão estar quatro tenistas do top 10. Na primeira linha do quadro surge Carlos Alcaraz (2.º), que vem de perder a final do ATP 500 do Rio de Janeiro, para Cameron Norrie (12.º): 5-7, 6-4 e 7-5. Casper Ruud (4.º), Taylor Fritz (5.º) – que alcança esta semana o melhor ranking de sempre – e Holger Rune (10.º) são os outros principais favoritos.

No ATP 500 do Dubai, assinala-se o regresso de Novak Djokovic à competição, um mês depois de ter conquistado o título no Open da Austrália. No Dubai Duty Free Tennis Championships está igualmente Daniil Medvedev (7.º) que, uma semana depois de vencer no ATP 500 de Roterdão, triunfou no ATP 250 de Doha, em cuja final derrotou o antigo líder do ranking, Andy Murray, com um duplo 6-4. Murray subiu do 70.º ao 52.º posto, mas após realizar cinco encontros em seis dias, num total de 12 horas no court, decidiu desistir do Dubai Championships.

João Sousa (147.º) optou por competir no Movistar Chile Open e terá como primeiro adversário no ATP 250 de Santiago do Chile, o sérvio Laslo Djere (55.º).

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