Vitória de Messi confirma superioridade argentina no The Best

O avançado venceu o prémio da FIFA para melhor jogador de 2022, enquanto Emiliano Martínez foi o melhor guarda-redes e Lionel Scaloni o melhor seleccionador. João Cancelo no melhor onze.

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Messi venceu pela segunda vez o The Best Reuters/SARAH MEYSSONNIER

A noite foi de domínio absoluto argentino no futebol masculino (prémios para melhor jogador, guarda-redes, treinador e adeptos), e, sem surpresa, Lionel Messi venceu nesta segunda-feira o The Best, troféu de melhor jogador do Mundo atribuído pela FIFA. O argentino, que conquistou em 2022 o Mundial do Qatar, relegou para as posições seguintes dois franceses: Kylian Mbappé, e Karim Benzema. Com o triunfo de Messi, continuam a ser apenas quatro os futebolistas que venceram o The Best para melhor jogador: Cristiano Ronaldo (2016 e 2017), Luka Modric (2018), Robert Lewandowski (2020 e 2021) e Lionel Messi (2019 e 2022).

Numa cerimónia que começou com uma homenagem a Pelé e onde João Cancelo foi o único português a ser distinguido – o lateral integra o onze da temporada da FIFPro -, a vencedora do The Best no futebol feminino foi, como se esperava, a espanhola Alexia Putellas​, e foram ainda atribuídos os prémios, em feminino e masculino, de melhor guarda-redes (Mary Earps e Emiliano Martínez) e de melhor seleccionador (Sarina Wiegman e Lionel Scaloni).

O prémio Puskás (melhor golo de 2022) foi para o polaco Marcin Oleksy, atleta de futebol adaptado, enquanto o prémio Fair Play foi entregue ao georgiano Luka Lochoshvili.

No discurso de vitória, Messi admitiu “continuar nervoso” ao receber o prémio e agradeceu aos jogadores da selecção Argentina: “Estou aqui eu, Scaloni e o Dibu [Emiliano Martínez], e somos representantes de todos. Este prémio também é deles e reconhece o que todo o grupo conseguiu. Este ano foi uma loucura para mim: consegui alcançar o meu sonho [vencer o Mundial] depois de tanto lutar, de tanto buscar, de tanto insistir.”

As dúvidas sobre quem seriam os principais vencedores começaram a ser dissipadas horas antes do arranque da gala no auditório Pleyel, em Paris, pela forma como o Real Madrid se fez representar na cerimónia.

Mesmo tendo na lista de nomeados Benzema (melhor jogador e melhor onze), Ancelotti (melhor treinador), Courtois (melhor guarda-redes e melhor onze) e Modric (melhor onze), os madridistas fizeram um boicote quase total ao The Best.

O clube madridista enviou a França apenas Emilio Butragueño, director de relações institucionais, e, segundo o diário Marca, “a ausência de prémios” foi “o principal motivo” para o "boicote", juntamente “com o facto de Vinícius [Júnior] não figurar entre os 26 finalistas a integrar o onze da temporada da FIFPro".

Atribuído pela FIFA há mais de três décadas - o primeiro a vencer foi Lothar Matthaus depois de capitanear a Alemanha no Mundial 90 -, a distinção para os melhores do futebol chegou a ser partilhada, entre 2009 e 2015, entre a FIFA e a revista francesa France Football.

Porém, nos últimos oito anos a FIFA instituiu o The Best FIFA Football Awards, assumindo a entrega de várias distinções. Numa primeira fase, são escolhidos os dez finalistas por um comité formado por personalidades ligadas ao futebol, cabendo depois a quatro grupos (seleccionadores, capitães das selecções, jornalistas e público) votarem em partes iguais (25%) para definirem os vencedores.

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