A estrela de Godard ainda pode brilhar?

Seguir os enigmas da “personagem pública” através da obra e vice-versa. Como voltar a falar de Jean-Luc Godard? Como o apresentar à geração que tem hoje 20 anos?

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Godard, Cinema, no título original Godard, Seul le Cinéma (Godard, Só o Cinema, que é uma citação de um leitmotiv de Histoire(s) du Cinéma), diz logo à cabeça aquilo a que vem, e por que vem. Pensado e concebido em vida do realizador do franco-suíço e até, como conta em entrevista o realizador Cyril Leuthy, com a sua tácita aprovação, teve as primeiras apresentações públicas em Setembro do ano passado, no Festival de Veneza, em involuntária simultaneidade com a morte de Godard (que morreu no dia 13 desse mês). Mas podemos dispensar o efeito fúnebre para atestar o interesse do trabalho de Leuthy, que é sobretudo uma operação de investigação e compilação documental — muitas imagens de arquivo com a presença de Godard, desde os mais remotos tempos, a que se juntam abundantes excertos de filmes dele — a cobrir todas as épocas e todas as fases da sua obra e, fatalmente, da sua vida, mesmo que a lógica seguida por Leuthy não seja a de uma biografia.

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