Crime sexual organizado e pacotinhos de açúcar

Gostava de ver mais contenção no coro de elogios à Igreja, que branqueiam a colaboração da instituição nos crimes e deixam no ar uma ideia de missão cumprida.

Agora que conhecemos o relatório final da Comissão Independente coordenada por Pedro Strecht, impõe-se uma conclusão: quem está em causa é a igreja, enquanto instituição. Não são apenas alguns padres. Afirmar que a instituição tem problemas não é dizer que todos os seus membros são cúmplices. Isso seria desrespeitar a coragem de pessoas como o padre que denunciou 12 colegas, Dom Januário Torgal Ferreira, que apelou esta semana à urgência da ação da igreja, ou bispos citados no relatório, como B9: “Uma coisa a que se assistia na sombra, no silêncio, altamente prejudicial para as pessoas e para as instituições. Estamos num momento de verdade, de clarificação, de prática e vida diferentes. O passado tem de ser reparado.” (página 368).

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