Marcelo pede “paciência” aos professores e acredita na resolução dos problemas

O Presidente da República falou com um grupo de professores na Feira do Queijo, em Celorico da Beira, relembrando-os que também ele é professor.

Foto
Marcelo Rebelo de Sousa e uma professora manifestante LUSA/MIGUEL PEREIRA DA SILVA

O Presidente da República defendeu esta sexta-feira que as negociações entre professores e Ministério da Educação "vão correr bem" e, por isso, disse que "é preciso ter paciência" aos profissionais que o aguardavam em Celorico da Beira, na abertura da Feira do Queijo.

"Quero falar. Obrigue o ministro da Educação a respeitar-nos", pediu uma professora ao chefe de Estado quando este chegou ao local. No decorrer da lista de problemas que os professores querem ver resolvidos, Marcelo Rebelo de Sousa foi dizendo que faltavam "mais coisas" e lembrou os profissionais ali presentes que também ele é professor.

A coordenadora da direcção distrital da Guarda do Sindicato dos Professores da Região Centro, Sofia Monteiro, entregou uma carta aberta "representativa dos professores de todo o país" ao Presidente da República. "É uma carta-apelo a que interceda junto do primeiro-ministro para que as próximas negociações sejam de negociação efectiva, para que possamos resolver os problemas que o sistema educativo tem e que os professores enfrentam neste momento", disse Sofia Monteiro.

Em resposta, o Presidente da República disse: "Eu acho que vão correr bem, é preciso ter paciência" e reforçou que é professor e, por isso, disse compreender "perfeitamente" as reivindicações.

Uma resposta que foi interrompida pelos professores: "Um país que não investe na educação e que considera que a educação é uma despesa não tem futuro", afirmaram, deixando ainda o convite ao professor Marcelo para participar na manifestação deste sábado, em Lisboa.

Questionado pelos jornalistas, o chefe de Estado sustentou que as negociações "vão avançando, talvez muito lentamente, talvez ainda com pontos fundamentais como seja o número de vinculados, como seja o problema da recuperação do tempo a serem mais difíceis". "Mas eu persisto em acreditar que vale a pena negociar e percebo a persistência dos professores e a abertura de todos à negociação", afirmou.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários