Greve dos enfermeiros continua em dia de luta da CGTP, mas não em todo o país

A paralisação desta quinta-feira acontece no Hospital de Loures e de Vila Franca de Xira (Lisboa), em Leiria e no Alentejo. Enfermeiros pedem contagem de pontos para progredir, por exemplo.

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Enfermeiros protestam à porta do Hospital de Leiria durante a greve dos enfermeiros PAULO CUNHA/ LUSA

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) convocou para esta quinta-feira um dia nacional de protesto. Do lado da saúde, os enfermeiros continuam as greves convocadas para todo o mês de Fevereiro, mas o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), filiado na CGTP, não decretou greve nacional para este dia de luta.

“Os enfermeiros estão a trabalhar normalmente”, como refere a dirigente Guadalupe Simões ao PÚBLICO, à excepção dos que exercem nos hospitais em que prosseguem as greves convocada por aquela estrutura para este mês de Fevereiro.

A paralisação desta quinta-feira acontece no Hospital de Loures e no Hospital de Vila Franca de Xira, em Lisboa (nos turnos da manhã e da tarde), no Centro Hospitalar de Leiria (das 10h às 13h), na Unidade de Saúde Local do Baixo Alentejo, no Hospital de Évora (das 10h às 12h) e na Administração Regional de Saúde do Alentejo (turno da manhã).

O SEP não avançou ainda dados de adesão dos enfermeiros às greves.

“A greve está a decorrer em várias instituições do país, sendo que em Lisboa está focada essencialmente nos hospitais que são ex-parcerias público-privadas e em que, decorrido mais de um ano de terem passado a EPE [entidade pública empresarial], continuam sem aderir aos acordos de adesão, neste caso aos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho dos enfermeiros, o que determina que os enfermeiros que trabalham nestas instituições continuam a ter, por exemplo, 40 horas de trabalho semanal”, explica a sindicalista.

Além desta reivindicação, cuja execução esperam que aconteça “o mais rapidamente possível”, os enfermeiros exigem ainda a resolução dos problemas da classe, que motivaram a convocatória do "mês de luta". Entre esses pedidos estão “a contabilização dos anos de serviço, ou seja, dos pontos para efeitos de progressão nas carreiras", assim como e, "naturalmente, o pagamento dos retroactivos desde 2018, que é o denominador comum de todas estas greves que estão agendadas de norte a sul do país”, como defende Guadalupe Simões.

De qualquer forma, o SEP deixa o "apelo aos enfermeiros para participar nas diferentes iniciativas que estão agendadas em todos os distritos do país".

Este é o sexto dia da paralisação, que na quarta-feira decorreu no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) e que prossegue na sexta-feira no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (das 12h30 às 14h30). Já em Novembro último os enfermeiros estiveram em greve, com reivindicações que mantêm.

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