Uma jornada proveitosa no tempo útil de jogo

Quando um jogo tem poucas faltas e poucos cartões, normalmente o tempo útil aumenta e, por norma, são menos os casos e as situações de conflito e erro. Foi o que aconteceu nas partidas quer do Benfica, quer do Sporting, na quais se registaram números bem interessantes - o Benfica-Casa Pia teve 23 faltas, um amarelo, 59m29s de tempo útil, enquanto o Rio Ave-Sporting registou 24 faltas, quatro amarelos, 61m38s, bem acima da média da Liga portuguesa (31 faltas, seis amarelos, 57m de tempo útil).

FC Porto-Vizela

Minuto 12: o toque ligeiro da perna direita de Claudemir em Taremi não teve qualquer consequência (falta de intensidade) para a forma como o jogador do FC Porto se projectou e caiu, sendo por isso sancionado com cartão amarelo por tentar ludibriar o árbitro numa simulação clara de penálti.

Minuto 16: ficou por assinalar um pontapé de penálti a favor dos "dragões". Kiko Bondoso, com o braço esquerdo, carregou e empurrou Galeno, que, sem os apoios no chão e em pleno salto, foi retirado da possibilidade de chegar à bola.

Minuto 36: Uribe, na sua área, esticou a perna, mas não rasteirou Nuno Moreira, razão pela qual não ficou nenhum penálti por assinalar.

Minuto 41: o golo do FC Porto nasce de uma recuperação de bola faltosa. Galeno, que nunca tocou na bola, pontapeou com o pé direito o pé direito de Igor Julião que estava na frente com posse clara da bola. Este toque no pé fez com que o jogador vizelense perdesse a posse do esférico e caísse posteriormente. De acordo com o protocolo VAR, os golos devem ser revistos a partir do momento em que uma equipa recupera a posse de bola e lança o ataque na direcção da baliza adversária, razão pela qual esta situação tinha de ter tido uma intervenção do VAR, por se tratar de um erro claro e óbvio.

Minuto 82: não houve motivo para pontapé de penálti a favor do FC Porto. Na ocasião, Ivanildo, ao saltar, cabeceou a bola sem carregar Pepe pelas costas.

Benfica-Casa Pia

Minuto 8: a bola é rematada por Gonçalo Guedes, de muito perto, indo bater no braço esquerdo de Varela, que estava no interior da sua área, tendo o braço encostado ao corpo e sem ganho de volumetria anormal. Por esta razão, não houve motivo para pontapé de penálti.

Minuto 12: a bola, após o cruzamento de Afonso Taira, bateu na coxa e não na mão de Bah, que estava na área do Benfica, razão pela qual não houve infracção passível de pontapé de penálti, como foi pedido pelo jogador do Casa Pia.

Minuto 33: Cuca, com o pé esquerdo, toca e rasteira Bah, de forma apenas imprudente, uma acção faltosa somente passível de livre directo, pelo que o cartão amarelo não se justificava.

Minuto 62: Poloni dividiu o lance com David Neres, ambos levantaram o pé, só que o jogador do Benfica chegou depois e atingiu de forma imprudente o seu adversário. Um lance passível apenas de livre directo e sem motivo para sanção disciplinar.

Rio Ave-Sporting

Minuto 17: Samaris tenta jogar a bola, mas acaba por rasteirar Edwards perto da área. Para além do livre directo, havia lugar a amarelo por corte de um ataque prometedor.

Minuto 38: Esgaio, na corrida, coloca o corpo na frente de Boateng e é na sequência desta acção que o jogador do Rio Ave acerta com a própria mão no seu rosto.

Minuto 49: faltou o cartão amarelo para Morita, que, ao entrar tarde sobre Costinha, o pisou de forma negligente.

Minuto 84: golo legal do Sporting. No momento do passe de Gonçalo Inácio para Chermiti, o avançado está em posição correcta, sem qualquer infracção à lei do fora-de-jogo.

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