Sporting contra Sp. Braga, ou uma espécie de déjà vu

“Leões” repetiram o triunfo e os números da goleada da última vez que as duas equipas se tinham encontrado.

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Morita marcou dois golos contra o Sp. Braga LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Sporting e Sporting de Braga tinham-se encontrado pela última vez há pouco mais de mês e meio, nos quartos-de-final da Taça da Liga. Nessa altura, os lisboetas deram um “amasso” e golearam os bracarenses por claros 5-0. Nesta quarta-feira, novamente em Alvalade, houve novo “amasso” e nova goleada pelos mesmos números.

É verdade que o jogo não foi igual ao disputado entre as duas equipas em Dezembro - até porque desta vez houve uma expulsão. Mas em muitos aspectos houve pontos de contacto. O Sporting voltou a marcar cedo, a ganhar por muitos, a desperdiçar ainda mais golos e o Sp. Braga a ser uma sombra do que já mostrou ser capaz de ser.

A consequência de mais um descalabro minhoto em Alvalade foi a perda do segundo lugar no campeonato e a aproximação dos sportinguistas na tabela.

No Sporting, Rúben Amorim apostou no jovem Chermiti para ocupar o lugar do castigado Paulinho, dando-lhe pela primeira vez a titularidade. Já no lugar de Porro, surgiu, como era expectável, Ricardo Esgaio. No Sp. Braga, Ricardo Horta continuou de fora por lesão mas foi o sistema de três centrais que Artur Jorge apresentou em Alvalade, imitando a estrutura táctica habitualmente utilizada pelos “leões”, que foi mais surpreendente.

Tivesse sido por essa razão ou não, a verdade é que o Sporting não começou bem a partida e foi dos minhotos a primeira ocasião de perigo junto de uma das balizas, num remate de banza que Adán defendeu.

Só que depois desses cinco minutos iniciais o Sporting ajustou-se ao seu opositor e passou a conseguir anular as movimentações ofensivas do seu adversário. E graças, essencialmente, ao posicionamento de Edwards entre a linha defensiva bracarense e os médios defensivos conseguiu levar o jogo mais para a frente conquistando cantos.

Foi de um dsses cantos que o Sporting conseguiu criar perigo e... um golo — depois de um cabeceamento mal direccionado de St. Juste, a bola sobrou para Morita que colocou os “leões” em vantagem no marcador.

Até ao intervalo, o Sp. Braga mostrou-se incapaz de reagir, sentindo a falta de um jogador que pegasse no seu futebol no meio campo e o levasse para a frente com critério e sagacidade.

E se a ideia dos minhotos era fazer algo diferente no segundo tempo, tudo foi rapidamente desfeito logo nos instantes seguintes ao recomeço da partida. Um lance em que Niakité sofreu falta que não foi assinalada pelo árbitro mas que fez a bola sobrar para Al Musrati. O líbio, como aconteceu demasiadas vezes no jogo, perdeu a bola e deu ao Sporting a possibilidade de atacar a baliza adversária onde Matheus e Paulo Oliveira se atrapalharam e ofereceram a Morita a hipótese de fazer o 2-0 para os “leões”.

Se a situação já era crítica para o Sp. Braga pior ficou logo a seguir, quando Niakité viu o segundo cartão amarelo e consequente vermelho por protestar uma falta que o árbitro até tinha assinalado.

A partir desse momento o Sporting ficou com mais espaço e foram várias as hipóteses para avançar para a goleada. Edwards fez o 3-0 e Matheus Reis, já perto dos 90’ levou o resultado para a goleada, num grande golo e numa altura em que Pizzi já estava em campo, no regresso a Alvalade (e ao campeonato português), do ex-benfiquista e agora bracarense Pizzi.

Mas faltava um golo para que a história se repetisse. Já em período de descontos, falta de Victor Gomez sobre Fatawu deu penálti para os "leões" com Pedro Gonçalves a fazer o 5-0.

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