Manchester United bate rival City com reviravolta polémica

Campeão inglês já tem equipa de Ten Hag a um ponto e pode ver o Arsenal cavar uma diferença de oito pontos na liderança da Premier League.

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Bruno Fernandes e Bernardo Silva no derby de Manchester Reuters/PHIL NOBLE

O Manchester United garantiu, este sábado, importante triunfo (2-1) frente ao rival Manchester City em jogo da 20.ª jornada, a primeira da segunda volta da Premier League, disputado em Old Trafford.

Um triunfo com direito a reviravolta polémica que permitiu a aproximação dos "red devils" ao segundo lugar, agora no pódio a um ponto dos "citizens", mas ainda a seis do Arsenal, que lidera com 44 pontos e um jogo a menos. Tudo graças aos golos de Bruno Fernandes (78') e Marcus Rashford (82'), que anularam a vantagem obtida por Jack Grealish (60').

O derby começou com duas baixas lusas, sem Diogo Dalot no United e Rúben Dias no City, equipa que estava obrigada a dar uma resposta cabal depois da eliminação, em Southampton, da Taça da Liga... Até para travar a perigosa aproximação do rival no campeonato, onde os "citizens" não podiam ceder mais terreno para o líder Arsenal.

Com o Manchester City a gerir melhor a posse de bola e o United a explorar as transições, de início, o jogo caminhava para um domínio inócuo dos visitantes. Controlo interrompido pela vertigem dos donos da casa, a proporcionar os momentos mais emocionantes, com Marcus Rashford a dispor das duas ocasiões mais flagrantes da primeira parte, beneficiando dos lançamentos cirúrgicos de Bruno Fernandes e Christian Eriksen.

Bruno Fernandes havia, antes, ensaiado já o primeiro remate da tarde, na sequência de um erro de Bernardo Silva. Mas Ederson limitou-se a controlar a trajectória desviante da bola, isto antes de o brasileiro ter estado na origem do lance mais complicado, numa saída em falso compensada pouco depois com uma defesa crucial.

A equipa de Pep Guardiola experimentava fortes dificuldades para circular a bola no meio-campo do United, onde imperava a lei das marcações, com Bernardo Silva a surgir frequentemente junto à área de Ederson para iniciar o processo ofensivo. E isso reflectiu-se na fase da finalização, onde Erling Haaland ainda ameaçou a baliza de De Gea, protegida por Fred e Casemiro, com o ex-Real Madrid a evitar o pior.

Sem golos, a segunda parte trouxe uma alteração, com Antony a assumir o ataque por troca por outro Anthony... Martial, quando se esperava que Rashford, com queixas físicas, já não regressasse.

Respondia o City com Grealish a render um "ausente" Phil Foden, numa altura em que restava pouco mais de meia hora para desempatar o derby. Guardiola acertava em cheio e o internacional inglês só precisou de três minutos para dar vantagem aos campeões ingleses.

Mas num derby não podia faltar uma polémica, instalada com o golo do empate de Bruno Fernandes, aos 78 minutos: Casemiro isolou Rashford, que partiu de posição irregular, levando à invalidação do lance finalizado pelo português sem que o companheiro tivesse tocado na bola. A revisão reverteu a decisão do árbitro, que ignorou o papel activo e decisivo de Rashford.

Aproveitou o United para assumir o comando um par de minutos depois do equívoco do VAR, com Rashford, lançado por Bruno Fernandes, a bater Ederson pela segunda vez.

Mas a polémica não ficaria por aí, já que a três minutos dos 90, Haaland caiu na área, queixando-se da acção de Casimiro, num possível toque no pé esquerdo do norueguês. Falta que o VAR não conseguiu confirmar para desespero de Guardiola, que saiu de Old Trafford inconformado, arriscando ver o Arsenal aumentar a vantagem para oito pontos no derby com o Tottenham.

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