PRR: António Costa salienta relevância estratégica das agendas mobilizadoras

Na visita à Bluepharma, o primeiro-ministro elogiou a competitividade da farmacêutica de Coimbra à escala mundial.

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António Costa esteve a visitar a Bluepharma LUSA/PAULO NOVAIS

O primeiro-ministro António Costa defendeu esta sexta-feira que o programa das agendas mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é o que tem maior relevância estratégica para o país, permitindo fazer "o que ainda não foi feito".

Em visita à farmacêutica Bluepharma, em Coimbra, o chefe de Governo frisou que tem verificado em cada uma das agendas mobilizadoras um investimento "muito grande" na área da investigação e desenvolvimento.

"A lógica do PRR é dar oportunidade às empresas e consórcios das áreas mais diversas de fazerem o que ainda não foi feito, o que nos dá a confiança de que o país pode crescer mais do que anteriormente e de forma sustentável", sublinhou. Segundo António Costa, Portugal "tem de concentrar os recursos do PRR, não para fazer o que faz habitualmente, mas para fazer o que é extraordinário, irrepetível e que ficará para o futuro".

Para o governante, quanto mais Portugal "investir em investigação e desenvolvimento, maior capacidade tem de continuar a trajectória de crescimento sustentado e de maior prosperidade". Para realçar esta ideia, o primeiro-ministro referiu que o Governo teve necessidade de reforçar o programa das agendas mobilizadoras, passando de 900 milhões de euros para 2900 milhões de euros.

"O número de consórcios formados e ambição e dimensão dos projectos obrigou a reforçar essa dotação, que ainda vai ter de ser novamente reforçada", disse António Costa.

Na visita à Bluepharma, inserida no roteiro "PRR em Movimento (Agendas Mobilizadoras de Inovação - Componente 5 "Capitalização e Inovação Empresarial" do PRR), o primeiro-ministro elogiou a competitividade da farmacêutica de Coimbra à escala mundial.

No âmbito do PRR, a farmacêutica de capitais exclusivamente nacionais vai desenvolver um projecto de 30 milhões de euros para o desenvolvimento de tecnologias para medicamentos injectáveis complexos, que já iniciou há cerca de seis anos.

Para isso, a Bluepharma lidera um consórcio com a Universidade de Coimbra (UC), o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia e algumas empresas.

Em declarações aos jornalistas, o administrador Paulo Barradas disse que o apoio financeiro "vem acelerar a relação entre a empresa e a UC e conseguir lançar produtos para o mercado".

A empresa já tem um produto licenciado a uma multinacional americana e estima que dentro de seis anos esteja a produzir esse medicamento. No dia 1 de Março, a Bluepharma inaugura uma nova unidade em Coimbra, na zona de Eiras, que vai produzir formas sólidas de medicamentos (cápsulas e comprimidos) "de alta potência", direccionados para a doença oncológica.

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