Pedro Góis: “Apanhámos um susto com os dados dos censos. Sem imigração o país já não sobrevive”

Benefícios fiscais a reformados estrangeiros não casam com penalização fiscal da mão-de-obra imigrante, diz sociólogo Pedro Góis, para quem a falta de obstetras e operários poderia ter sido evitada.

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Os imigrantes em Portugal serão já entre os 800 e os 900 mil, segundo Pedro Góis, Paulo Pimenta

Nem 542 mil, como diz o relatório do Instituto Nacional de Estatística, nem 698 mil como contrapõe o Observatório das Migrações: os imigrantes em Portugal serão já entre os 800 e os 900 mil, segundo Pedro Góis, professor de Sociologia das Migrações na Universidade de Coimbra (UC). Numa altura em que se tornou evidente que alguns sectores económicos entrariam em colapso sem a mão-de-obra imigrante (cujas contribuições para a Segurança Social ultrapassaram os 1200 milhões de euros no ano passado), este investigador considera que a falta de obstetras e de operários no vale do Ave, por exemplo, atesta a urgência de um diagnóstico prospectivo para estabelecer o perfil de imigrantes que queremos.

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