“Venham jogar rugby”

Face ao artigo de opinião publicado no dia 26 de Dezembro, no Jornal PÚBLICO, da responsabilidade do sr. presidente da Mesa da Assembleia Geral do Clube de Rugby do Técnico (CRT), a direcção da Federação Portuguesa de Rugby (FPR), entende ser seu dever esclarecer o seguinte:

1 - A direcção da FPR tem-se abstido de comentar publicamente esta situação por entender essa ser a melhor forma de defender o interesse da modalidade, com a serenidade e responsabilidade que lhe são exigidas, confiando que as autoridades competentes decidam livremente sobre o assunto;

2 – A situação foi criada na decorrência de um protesto apresentado por um clube que, no seu legítimo direito, se sentiu prejudicado pela utilização irregular de vários jogadores da equipa de rugby da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST), num jogo entre ambos;

2 – Ao contrário do que insistentemente é afirmado pelo autor, a direcção da FPR, e o seu presidente, limitaram-se a cumprir estatutariamente as suas obrigações, designadamente dando seguimento às decisões dos órgãos disciplinares da FPR, independentes e eleitos;

3 – Foi a direcção da AEIST quem não aceitou, direito que lhe assiste, as decisões do Conselho de Disciplina e do Conselho de Justiça, da FPR , delas recorrendo para o Tribunal Arbitral de Desporto;

4 – Porque a direcção é solidária e representa, em juízo, a FPR, recorreu da deliberação daquele tribunal na defesa das posições assumidas pelos seus órgãos disciplinares próprios;

5 – Trata-se de uma reacção legítima que apenas pretende defender os valores desportivos, acreditando que as decisões do Conselho de Disciplina, confirmados pelo Conselho de Justiça, os garantem;

6 – Aguarda a FPR a decisão judicial que venha a conhecer do recurso interposto.

7 – Sempre se acrescenta, no entanto, que a AEIST, por iniciativa própria, desfiliou-se da FPR, facto que foi aceite pelo destinatário dessa declaração, pelo que a sua participação nas competições oficiais ficou obviamente prejudicada. Aliás a AEIST, ao que a direcção da FPR tem conhecimento, jamais impugnou a decisão federativa da sua não admissão à participação nas competições a decorrer, antes acatou-a.

A direcção da FPR lamenta toda a situação criada, num dos momentos mais altos do rugby português, nomeadamente com o apuramento inédito, no mesmo ano, para os Campeonatos Mundiais de Sevens e de XV, facto que tem merecido a admiração e o respeito da generalidade dos amantes deste desporto fantástico que tanto nos orgulha.

O Rugby vai continuar a ser um desporto diferente e que vale a pena praticar.

Aproveitamos para desejar um Bom Ano de 2023, um ano histórico para o rugby nacional, onde em Setembro, os “lobos” estarão presentes no Mundial de França para gozo de muitos milhares de portugueses que irão apoiar a selecção da forma fantástica, tal como o fizeram em 2007.

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