Remna: “Apaixonei-me pela ideia de um homem a dizer ‘não’ a um imperador”

Terceiro disco do guineense Remna Schwarz, Gaabu celebra a ideia de dissidência a partir de uma epopeia africana do século XIII. Ou a música como afirmação da história de um povo.

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Remna Schwarz PAULIANA VALENTE PIMENTEL

Em 2019, quando lançou Zona Zero, o seu segundo álbum, Remna estava a viver há um ano em Portugal. Filho de pai guineense, o lendário poeta e compositor José Carlos Schwarz (1949-1977), e da escritora Teresa Loff Fernandes, de origem cabo-verdiana, ambos com ascendência alemã, Remna trazia consigo a marca de um périplo por muitas paragens: o Senegal, onde nasceu (embora se considere guineense, como o pai), Congo, Mali, Guiné-Bissau, Cabo Verde, França, Cuba e Estados Unidos. Três anos passados sobre esse disco, que celebrava a democracia e o africanismo, Remna regressa com novo título, Gaabu, inspirado num reino africano criado no século XIII a partir da rebelião de um homem contra o seu chefe. Um reino que se estendia, na sua época áurea (séculos XV a XVIII) até territórios dos actuais Senegal e Guiné-Bissau.

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