Brindar no Ano Novo e pousar o copo até Fevereiro — em nome do fígado

O desafio de um Janeiro sem álcool é da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF).

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O Janeiro sem álcool é o desafio da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) Unsplash

A ideia é brindar nas 12 badaladas, dar um gole e pousar o copo… até Fevereiro. O Janeiro sem álcool é o desafio da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF), uma acção nacional de consciencialização para a doença hepática alcoólica.

“O elevado consumo de álcool traz consequências graves em termos de saúde, nomeadamente para o fígado, como: fígado gordo, hepatite alcoólica e cirrose hepática; ou consequências indirectas como as resultantes dos acidentes de viação, por exemplo”, alertam, em comunicado. “É possível viver sem álcool, não invalidando que as pessoas não se possam divertir, relaxar ou socializar.”

É a segunda vez que a campanha é organizada em Portugal, mas já acontece noutros países desde 2013. Durante o primeiro mês de 2023, a APEF irá publicar informação sobre o desafio no perfil de Facebook da associação.

Segundo a APEF, que cita os dados do relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), de 2020, o consumo de álcool é mais elevado por parte dos homens, com 19,5 litros de puro álcool per capita por ano.

Jovens bebem muito, em pouco tempo

Em Portugal, nove em cada dez pessoas de 18 anos beberam álcool no último ano, segundo o inquérito nacional feito a todos os jovens que participaram no Dia da Defesa Nacional. “Em cada dez jovens, seis referem ter-se embriagado ligeiramente pelo menos uma vez" no último ano, lê-se no relatório, também do SICAD, "cinco beberam de forma binge [em grandes quantidades, de forma rápida] e três embriagaram-se severamente”.

Para estes jovens, o "mal-estar emocional" foi o principal problema atribuído ao consumo de bebidas alcoólicas e/ou de substâncias ilícitas.

Já no início do ano, um estudo mostrava que os jovens entre os 18 e os 24 anos lideram o consumo de álcool entre os condutores em Portugal. É uma excepção: na maior parte dos países, os condutores com álcool pertencem principalmente aos dois últimos grupos etários, entre 35 e os 49 anos e os com 50 e mais anos.

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