Inglaterra e França em rota de colisão com Portugal

Gareth Southgate desmente Didier Deschamps e garante não haver nenhum plano anti-Mbappé para o único duelo dos “quartos” entre selecções europeias.

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Mbappé não terá tratamento especial frente aos ingleses Reuters/PAUL CHILDS

No único confronto entre selecções europeias dos quartos-de-final do Mundial, Inglaterra e França decidem este sábado (19h, SPTV1), no Estádio Al Bayt, em Al-Khor, o último semifinalista do Qatar 2022, precisamente o que surgirá no caminho de Portugal caso a selecção nacional supere a de Marrocos no encontro da tarde (15h, SIC), em Doha.

Para desafiar os actuais campeões do mundo, a Inglaterra — ainda imbatível neste torneio, no qual detém o ataque mais concretizador, a par de Portugal, e não sofre qualquer golo desde o jogo de estreia, com o Irão (6-2) — conta com o regressado Raheem Sterling (após viagem autorizada a Inglaterra) e com Declan Rice, indiscutível na primeira equipa de Gareth Southgate.

O seleccionador inglês não avançou qualquer pista em relação ao “onze”, mas fez questão de “desmentir” Didier Deschamps, homólogo francês, cuja tese assenta num plano anti-Mbappé por parte do adversário. Deschamps até tentou elogiar Southgate, que acredita não ter o reconhecimento merecido, sugerindo mesmo que o inglês “não é muito apreciado e valorizado” pelos súbditos de Sua Majestade.

Para contrariar essa impressão, Southgate garante que Mbappé não receberá tratamento VIP, sob pena de Giroud e Griezmann se “enfurecerem”. Certa é a influência do avançado do PSG, líder destacado dos melhores marcadores, com cinco golos, à frente de Rashford e Saka, ambos com três golos neste Mundial e aspirações de alcançar a final.

A França, que fechou a fase de grupos com uma derrota frente à Tunísia, ostenta a coroa, mas não ignora o poderio britânico, nem o historial de derrotas nos únicos confrontos em fases finais de Campeonatos do Mundo, ainda que o mais recente remonte já a 1982 e o primeiro a 1966, torneio conquistado pelos ingleses.

Referências demasiado longínquas para impactarem no momento actual, em que os ingleses precisam de superar um historial negativo de eliminações nos quartos-de-final, a exemplo do que fizeram no Rússia 2018, depois de longo hiato desde o Itália 1990, período em que a França conquistou dois títulos Mundiais.

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