Na Grécia, profissionais de saúde não vacinados podem voltar ao trabalho

Decisão judicial reverteu imposição decretada pelo Governo, que considera que reintegração deste pessoal “é perigosa para a saúde pública”.

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O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, a tomar a vacina contra a covid-19 POOL/Reuters

Milhares de profissionais de saúde gregos que foram suspensos por se recusarem a ser vacinados contra a covid-19 vão regressar aos seus postos de trabalho no início de 2023.

A mais alta instância judicial da Grécia, o Conselho de Estado, decretou que a imposição governamental da vacina a todos os médicos, funcionários de saúde e de lares tem de ser revogada, na sequência de uma queixa do principal sindicato de trabalhadores hospitalares.

“A decisão vai ser cumprida, embora eu pense que é perigosa para a saúde pública”, disse o ministro da Saúde, Thanos Plevris, que anunciou um “rigoroso protocolo” que deve ser seguido pelos profissionais de saúde não vacinados. Entre as medidas previstas estão testes de antigénio regulares pagos pelos próprios trabalhadores, de acordo com a agência noticiosa MercoPress.

O número de profissionais de saúde que recusou tomar a vacina contra o coronavírus situa-se entre os 6500 e os 7000, mas muitos foram regressando ao trabalho à medida que contraíam o vírus e recuperavam ou que mudavam de ideias e se vacinavam. Neste momento haverá uns 2000 profissionais, incluindo 170 médicos, nessas condições.

Itália foi outro país europeu que decretou a vacinação obrigatória contra a covid de professores e profissionais de saúde em 2021, mas o novo Governo anunciou no fim de Outubro que ia reverter a decisão e reintegrar os trabalhadores afastados de funções.

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