Dinamarca e Tunísia ofereceram o primeiro “zero” do Mundial

No segundo duelo entre europeus e africanos no Qatar, os dinamarqueses estiveram mais perto do triunfo na parte final.

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Eriksen foi titular na selecção da Dinamarca EPA/Friedemann Vogel

Segundo duelo entre a Europa e a África, no Qatar, segundo aviso para os europeus. Depois de um sofrido e lisonjeiro triunfo dos Países Baixos contra o Senegal, Dinamarca e Tunísia estiveram frente a frente no primeiro jogo do Grupo D do Mundial 2022 e, após 90 minutos de equilíbrio, chegou o primeiro “zero” do Campeonato do Mundo do Qatar.

No Education City Stadium, em Doha, a Tunísia não teve uma postura tão autoritária como o Senegal, que, na véspera, procurou sempre retirar a bola aos neerlandeses. Porém, apesar de a supremacia na percentagem de posse de bola ter sido clara para a Dinamarca, a Tunísia, quase sempre em contra-ataque, nunca deu descanso a Kasper Schmeichel - aos 36 anos, o guarda-redes passou a ser o terceiro dinamarquês mais velho a jogar num Mundial.

Num grupo em que o cabeça de cartaz é o actual detentor do título (França), no duelo entre dinamarqueses e tunisinos sentiu-se sempre o peso da responsabilidade da partida para ambos os lados, e, apostando numa pressão intensa sob o portador da bola, a selecção comandada por Jalel Kadri conseguiu na primeira parte tapar os caminhos para a sua baliza e ripostar com velocidade.

O resultado foram 45 minutos iniciais em que a Tunísia rematou mais e teve por duas vezes muito perto de marcar por Issam Jebali. Todavia, na primeira oportunidade o avançado tunisino que joga há quatro temporadas na Dinamarca (Odense) estava fora de jogo por escassos centímetros, enquanto na segunda foi Schmeichel, com uma grande defesa, a manter o zero no marcador.

No segundo tempo, a selecção europeia surgiu um pouco melhor e, aos 55’, foi Skov Olsen que viu um golo seu ser anulado: Damsgaard obrigou Dahmen a defesa apertada e, na recarga, o avançado do Club Brugge, que esta época marcou no Estádio do Dragão, colocou a bola no fundo da baliza, mas Damsgaard estava em posição irregular.

Sem conseguir manter o mesmo nível de pressão da parte inicial, a Tunísia passou a sentir mais dificuldades e esteve muito perto do KO num par de minutos: aos 69’, Eriksen forçou Dahmen a uma grande defesa; na jogada seguinte, Andreas Cornelius acertou no poste tunisino.

Cada vez mais remetido ao seu meio-campo, os tunisinos passaram os últimos minutos em claras dificuldades, mas Dahmer, já no período de descontos, segurou com mais uma grande defesa o empate para a Tunísia e o primeiro “zero” no Mundial 2022 - no Rússia 2018, só houve um jogo sem qualquer golo marcado e um dos protagonistas foi, precisamente, a Dinamarca (contra a França).

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